terça-feira, 27 de dezembro de 2016

PESQUISADORES LANÇAM PROJECTO DE APOIO À DIVERSIFICAÇÃO AGRÍCOLA EM FARIM

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O Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento Rural (GRDR) em colaboração com a Confederação das Associações e ONG’s que intervém no Sul do Rio Cacheu (CONGAI) lançou, na passada terça-feira, 20 de dezembro 2016, o projeto de apoio à diversificação agrícola e desenvolvimento de nozes de cajú de qualidade nas regiões de Oio e Cacheu.

O projeto ‘DACAQOC – sigla em francês’ tem a duração de três anos e conta com o co-financiamento da União Europeia que apoiou com um valor orçado em 350 mil Euros, estimado em mais de 250 milhões de francos cfa, segundo as informações disponíveis.
O Coordenador do Projecto nas regiões de Oio e Cacheu, Roger Ilunga Tchyananga, explicou, na sua declaração à imprensa, que o projecto visa contribuir para a melhoria da segurança alimentar e da resiliência dos pequenos produtores.

Roger Ilunga Tchyananga diz acreditar ainda que o projecto vai aumentar a capacidade de pequenos produtores com vista a diversificar as atividades agrícolas e melhorar a qualidade da castanha de cajú.
Roger Ilunga considera ser fundamental a diversificação da cultura, na medida em que permite uma segurança alimentar. Contudo, alertou que a valorização da castanha de cajú depende muito do mercado internacional, que no seu entender, constitui um grande risco para economia do país e em particular aos pequenos produtores.
Sublinhou, neste particular, que a diversificação das culturas vai potencializar os produtores agrícolas, pelo que apelou aos camponeses a apostarem-se na diversificação da produção nacional.
Roger justifica a implementação do referido projeto nas regiões de Oio e Cacheu, pelo facto de as duas localidades possuírem uma capacidade produtiva aceitável no sector de castanha de Cajú, segundo disse “as regiões de Cacheu e Oio produzem cerca de 50 por cento de castanha do país”.
“A Guiné-Bissau figura na quarta posição a nível mundial em termos da produção da castanha de caju e primeiro lugar em termos da qualidade, portanto é importante aumentar a qualidade da castanha de cajú, através de boas práticas da produção deste produto estratégico, antes e depois da sua recolha. Esses cuidados ajudam a colocar a castanha do país ao pódio mundial em termos de melhores qualidades” advertiu.
Ilunga diz, no entanto, esperar poder contar com a colaboração de todos os pequenos produtos das duas regiões para que o programa possa atingir o seu propósito, tendo aproveitado a ocasião para agradecer o apoio da União Europeia, que considera fundamental para o referido programa.
Presente no acto de lançamento do projecto, a Governadora de Região de Oio, Anita Sané destacou a importância da implementação do projeto na região que representa. Mostrou-se esperançada que o referido projecto pode mudar a vida da população, em geral, e em especial dos pequenos produtores das duas regiões.
A responsável regional apelou aos pequenos produtores a abraçarem o projeto para que o mesmo possa gerar resultados positivos nas suas atividades agrícolas, tendo manifestado a disponibilidade do governo regional em prestar todos os apoios necessários para o sucesso do projeto.
De referir que o Projeto de apoio à diversificação agrícola e desenvolvimento de uma oferta de nozes de cajú de qualidade nas regiões de Oio e Cacheu (DACAQOC) será executado pelas ONG’s, (GRDR) e (CONGAI).
 
Por: Alcene Sidibé