Durante a governação do Carlos Gomes Júnior, mais conhecido por Cagado Júnior ou anjo da morte, muitas pessoas foram assassinadas, os mandantes e operacionais desses crimes continuam intocáveis. Perguntamos, o que é que a desligada liga fez para que os criminosos fossem julgados? Nada fez, simplesmente remeteu-se ao silêncio! Só agora é que se lembrou desses casos para ludibriar os familiares das vítimas e aos guineenses em geral?
O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, denunciou ontem, 15 de dezembro 2016, que existe, no país, um grupo de pessoas que chamou de “corruptos intocáveis”.
A denúncia foi feita à margem da conferência sobre a impunidade na Guiné- Bissau sob lema “43 anos da independência e 43 anos da impunidade, que futuro para Guine Bissau”, na qual deixou bem claro que ondas de corrupção têm estado a dominar o funcionamento do aparelho do Estado e que autores continuam impunes, sem nenhuma responsabilização.
“Constatamos que há, neste país, um grupo de pessoas intocáveis com poderes de fazer tudo”, nota.
Sem ser específico na sua acusação, Augusto Mário da Silva refere que se trata de um grupo de pessoas mais dominante e expressivo de Bissau com a capacidade de influenciar decisões a mais variados níveis.
Preocupado com a impunidade na Guiné-Bissau, o ativista dos direitos humanos alerta que se a cultura de impunidade não for travada, os guineenses estarão a correr risco de um suicídio coletivo.
Neste sentido, justifica que a história da Guiné-Bissau sempre é confundida com a própria impunidade, “um dos grandes males da sociedade guineense”, que diz está a conduzir os guineenses a um “suicídio coletivo” se não for travada e adoptadas medidas conducentes a pôr fim à cultura de irresponsabilização, a continuidade do país enquanto um projeto coletivo “está ameaçado”, alerta o ativista dos direitos humanos.
Entretanto, no seu mais recente Relatório sobre a situação dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau, que cobre o período 2013-2015, a Liga Guineense dos Direitos Humanos lembra que devido a permanentes ciclos de instabilidade política, as violações dos direitos humanos e corrupção não têm tido resposta adequada por parte das autoridades judiciais.
Fundamenta, reconhecendo, de seguida, que a maioria dos crimes políticos e das violações graves de direitos humanos não foi suficientemente investigada com vista à traduzir os infratores identificáveis à justiça, “ nomeadamente os assassinatos de 1 e 2 de março de 2009 do Presidente Nino e do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, Tagme Na Wayé”, escreve a Liga.
Hoje, 16 de dezembro, a “Casa dos Direitos” promove um debate sobre o “Direito à verdade”.
Por: Filomeno Sambú
A denúncia foi feita à margem da conferência sobre a impunidade na Guiné- Bissau sob lema “43 anos da independência e 43 anos da impunidade, que futuro para Guine Bissau”, na qual deixou bem claro que ondas de corrupção têm estado a dominar o funcionamento do aparelho do Estado e que autores continuam impunes, sem nenhuma responsabilização.
“Constatamos que há, neste país, um grupo de pessoas intocáveis com poderes de fazer tudo”, nota.
Sem ser específico na sua acusação, Augusto Mário da Silva refere que se trata de um grupo de pessoas mais dominante e expressivo de Bissau com a capacidade de influenciar decisões a mais variados níveis.
Preocupado com a impunidade na Guiné-Bissau, o ativista dos direitos humanos alerta que se a cultura de impunidade não for travada, os guineenses estarão a correr risco de um suicídio coletivo.
Neste sentido, justifica que a história da Guiné-Bissau sempre é confundida com a própria impunidade, “um dos grandes males da sociedade guineense”, que diz está a conduzir os guineenses a um “suicídio coletivo” se não for travada e adoptadas medidas conducentes a pôr fim à cultura de irresponsabilização, a continuidade do país enquanto um projeto coletivo “está ameaçado”, alerta o ativista dos direitos humanos.
Entretanto, no seu mais recente Relatório sobre a situação dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau, que cobre o período 2013-2015, a Liga Guineense dos Direitos Humanos lembra que devido a permanentes ciclos de instabilidade política, as violações dos direitos humanos e corrupção não têm tido resposta adequada por parte das autoridades judiciais.
Fundamenta, reconhecendo, de seguida, que a maioria dos crimes políticos e das violações graves de direitos humanos não foi suficientemente investigada com vista à traduzir os infratores identificáveis à justiça, “ nomeadamente os assassinatos de 1 e 2 de março de 2009 do Presidente Nino e do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, Tagme Na Wayé”, escreve a Liga.
Hoje, 16 de dezembro, a “Casa dos Direitos” promove um debate sobre o “Direito à verdade”.
Por: Filomeno Sambú