quarta-feira, 4 de outubro de 2017

PORTUGAL: “QUERIA OS MEUS PAIS MORTOS A TIRO”, DISSE RUI BARATA

Confessa em tribunal que contratou homem para matar os pais.

Rui Barata, 47 anos, confessou que começou a planear a morte dos pais um mês antes. Ao tribunal de Matosinhos, o arguido explicou que contratou Paulo Gomes, de 23 anos, e que prometeu pagar–lhe 10 mil euros.

"Ele aceitou e disse que matar alguém seria como ganhar o euromilhões, que era algo lucrativo e vantajoso. Eu queria os meus pais mortos e acertámos que seria com tiros, através de uma arma de fogo do padrasto dele. Só lhe pedi que os matasse de forma rápida", referiu o arguido ao coletivo e aos jurados.

O crime ocorreu na noite de 22 para 23 de novembro do ano passado. Paulo entrou na casa dos idosos, em Mindelo, Vila do Conde, espancou-os e roubou ouro e dinheiro.


"Expliquei-lhe que tudo devia ser feito depois da meia-noite. Ele já conhecia a casa porque era amigo do meu filho. Decidi matá-los porque eles tiraram-me tudo e proibiram-me de entrar em casa e de ver a minha avó. Foi um acumular de situações e de más opções que tomei", descreveu Rui Barata, que confessa que pagou a Paulo 5 mil € antes do crime, mas nega ter pedido a este que simulasse um assalto e que agiu para receber a herança.

"Quero ser condenado pelo que fiz. Nunca mais falei com os meus pais, mas gostava de lhes pedir perdão e dizer que renuncio à herança", referiu.

Paulo Gomes disse que nunca teve intenção de matar. "Fui lá com uma chave e uma arma que ele me deu, mas nunca os quis matar, só lhe quis extorquir dinheiro", contou.

Os seus pais só não morreram porque a arma encravou.

Fonte: cm