Por: João Paulo JP, via facebook. Obrigado irmão JP.
Meus amados amigos e não só!
Ocorreu-me pela cabeça reutilizar a imagem ora aqui postada e a mensagem dele constante para alertar os nossos políticos e seus seguidores que muitas razoes da falta de entendimento entre os militantes do querido PAIGC como instituição já estão se revelando. Muitos dos sequiosos estão lá não para o interesse do povo e sim o deles mesmos!
Digo isto porque a situação engendrada e que " segundo muitos" são da responsabilidade de apenas uma pessoa, não pode, até hoje, ter uma solução, tudo porque criou-se um conjunto de incógnitas que tornaram o problema em uma inequação, portanto sem solução. Por conseguinte, a bem de uma elite que tem razão de se gabar de inteligente ao arrastar para os seus lados uma boa parte de intelectuais. A estes últimos imploro uma reflexão, porque pessoas do PAIGC sabem muito bem o que fazem! Fragilizam os intelectuais para depois puxá-los para o seu lado e, quando se aceita, te consideram da presa fácil. Isso sabem fazer, esquecendo que os tempos já são outros. No período colonial, A. Cabral utilizaram sabiamente a política maquiavélica de fragilizar o inimigo, onde qualquer mentira ou calúnia eram válidos e viáveis. Os que tomaram o poder não souberam distinguir alho do bugalho, continuando com mentiras e calunias entre irmão, apenas com o objetivo de ocuparem lugares cimeiros. Não se lembraram até dos motivos do Congresso de Cassacá, entre os quais a erradicação de mentiras, calunias e proveito pessoal em nome do PAIGC.
Hoje em dia mentiras e calúnias não são passiveis a quaisquer pena, quer em termos sociais, quer em jurídicos. Uma liberdade total para qualquer um fabricar quando, como, onde e a quem entender, muitas vezes por migalhas ou a troco de lugar no Governo ou nos institutos….. Que pena!
Mama Guiné! Rejeite o estupro, rejeite o incesto! Cada um vem usa e abusa! Rejeite, poi é já tempo.
A vocês que pensam ser donos do PAIGC, fiquem em alerta, pois existe um número incontável de militantes em silêncio a assistir ao espetáculo. A crise que criaram não superou a tantas outras passadas que obtiveram solução, pois surgiram com o único objetivo de construir uma esperança do povo, diferente desta construída para alimentar vossos bolsos! Por isso não tem e duvido se terá solução.
Deus tem sua moradia não no céu, mas cá na terra e perto de um país chamado Guiné. Por isso nos mostra a cada momento os verdadeiros problemas que temos e os seus construtores. “ Bo fladu pa papia, bo nega!” Deus traz à tona todos os vossos males para mostrar ao povo!
Se houvesse união, era difícil desvendar o que hoje é do domínio público. Afinal é assim que andam se enriquecendo! Vendendo o que é pertença comum! “Bis Lai!”
Nem Bacompolo Có que aceitou ser batizado pelos portugueses aceitou coisas destas. Mesmo Incinha Té entrou nisso! Infali Sonco, tampouco!
E vocês cuja história ninguém ouviu falar põem o povo à deriva. “Bo toma cuidado!”
Tem pessoas sozinhas hoje, porque a família inteira pereceu na Guerra Colonial, tem Antigos Combatentes a servir como guardas-noturnos!
Tem terrenos sem dono, porque os jatos do colon largaram bombas napalm que dizimaram famílias inteiras! Tem nomes proibidos de batismo em certas tabancas porque passou por aí um Helicóptero Alouet com comandos baleando indiscriminadamente sobre jovens que antes foram batizados com esses nomes hoje proibidos!
O PAIGC não é e nunca foi um mau partido. Os dirigentes e concorrentes a dirigentes é que se enganaram e continuam a se enganar!
E como se diz por aí e, citamos “ do lado fraco entram os inimigos”!
Vejam a imagem ao lado. A serpente virou presa de galinhas e pintadas porque estão unidas em torno de um objetivo: Um por todos, todos por um. O que não é o caso hoje na Guiné-Bissau.
Tem dia em que os militantes do PAIGC ainda silenciosos vão se levantar e perguntar, cobrar o porquê disso tudo?!
Eu cá tenho marcas de bala da G3 e de estilhaços de Napalm. Ainda sinto o cheiro à pólvora e a sangue. Vejo minha mãe bofetear o soldado colon que vira a cara sem reagir, consciente da dor de uma mãe que perde filho Barão!
Ouço os gemidos do meu irmão a entrecortar-se com palavras de consolação de nossa mãe.
Vejo soldado, com radio, chamar o helicóptero para salvar, sem sucesso meu irmão! Vejo o helicóptero levantar voo sem cauda depois de atingido na cauda, sem levar meu irmão! Até hoje continuo a recusar o pão e leite docilmente preparado por soldado português a meu favor, consciente de que meu irmão não estava simplesmente a dormir.
Até os portugueses que na altura eram considerados de inimigos, orientaram a minha fuga. Eu e minha irmã!
E vocês que são o mesmo sangue e mesma cor não se entendem? Porquê? O PAIGC tem historia que vocês, a todo o custo, querem enterrar. Não aceitamos!