Há ou não há liberdade de expressão na Guiné-Bissau? Os jornalistas são raptados, torturados e executados na Guiné-Bissau? Em que parte do mundo o Presidente da República é ultrajado nos meios de comunicação social, horas e horas sem que os ultrajantes sofram consequências? Só mesmo na Guiné-Bissau. Obrigado JOMAV pela implementação da democracia na nossa terra. Com JOMAV, não há perseguição, repressão nem assassinatos políticos, há liberdade de expressão e manifestação, os jornalistas ao serviço de interesses (nacionais e estrangeiros) obscuros inventam falsas notícias só para manchar imagem do país e do presidente da república sem sofrer consequências.
Guiné-Bissau i terra sabi, suti catem, matança catem, alguin ta cumé i farta ou i toma um copito i bai radio ou televisão só pa koba presidente mal, tambi i tem kilis ku ta telefona pa radio só pa koba mal.
Leia o texto abaixo na íntegra e tire ilações
O jornalista, jurista e comentador Ericino de Salema foi sequestrado no início da tarde desta terça-feira (27) defronte do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) por desconhecidos que o amarraram e violentaram antes de o abandonarem nos arredores do distrito de Marracuene, na cidade de Maputo. Foi o 12º atentado com motivações aparentemente políticas em Moçambique, que tiveram início em Março de 2015 com o assassinato, até hoje não esclarecido, do constitucionalista Gilles Cistac.
Salema tinha acabado almoçar num restaurante que funciona nas instalações do SNJ, na avenida 24 de Julho esquina com à avenida Orlando Magumbwe, próximo aos Ministérios da Educação e do Turismo, quando foi abordado, cerca das 13h30, por dois indivíduos que o encurralaram no momento em que abriu a bagageira da viatura que o iria transportar, e era conduzida por um motorista, e anunciaram o sequestro.
Testemunhas contaram ao @Verdade que o jovem jornalista foi obrigado por dois cidadãos não identificados a entrar numa viatura ligeira de marca Toyota com vidros fumados e sem chapa de matrícula, que tinha chegado às imediações do local várias horas mais cedo, e deixou o local em direcção a avenida Orlando Magumbwe.
Cerca de uma hora após o motorista denunciar o crime as autoridades policiais e ser ouvido na esquadra situada na Julius Nyerere a esposa do jornalista, que entretanto acorrera ao local, foi informada telefonicamente que Ericino de Salema havia sido abandonado num sector da estrada Circular de Maputo, próximo do distrito de Marracuene.
Salema recebia ameaças por comentários políticos e aconselhamentos jurídicos à Renamo
O @Verdade apurou que o jornalista e jurista estava na berma de uma via secundária de terra batida, amarrado e a ser violentado por dois cidadãos não identificados quando um grupo de crianças os surpreendeu e denunciaram o que viram a populares que prontamente acorreram ao local originando a saída dos criminosos.
Com algumas escoriações na região do abdómen e incapaz de caminhar pelas próprias pernas, testemunhas relataram que Salema pediu primeiro água e depois ajuda para contactarem a sua esposa.
Enquanto a polícia, amigos e colegas dirigiam-se ao local indicado os populares conseguiram ajuda de um automobilista que transportou Ericino de Salema na caixa aberta da sua carrinha para uma unidade sanitária privada.
O @Verdade apurou que o jornalista vinha recebendo ameaças à sua integridade física há vários dias, aparentemente relacionadas com os comentários semanais que efectua num programa televisivo de um canal privado e também aos aconselhamentos jurídicos que tem dado ao partido Renamo no processo de revisão pontual da Constituição da República de Moçambique.
Embora a Polícia da República de Moçambique tenha vindo a público afirmar que está no encalço dos dois criminosos é paradoxal que Ericino de Salema tenha sido alvo de um sequestro similar ao de outro comentador do mesmo programa de comentário político, o académico José Jaime Macuane que a 23 de Maio de 2016 foi inclusivamente abandonado próximo do mesmo local na estrada Circular contudo baleado com cinco tiros, até hoje a polícia não esclareceu o crime.
Aguardando notícias sobre o estado de saúde de Salema o professor Macuane disse sentir “repulsa, indignação profunda, vergonha por mais este acto porque parece estar a sinalizar que ou nos submetemos às injustiças ou vamos ser violentados neste país”.
“A minha questão é: estamos num país independente? Estamos num país que lutou para ser livre? Estamos condenados a ser escravos num país que se diz independente há 43 anos, é isto que nós queremos para o nosso país? Temos que nos calar, não podemos dizer aquilo que nós sentimos? Não podemo-nos indignar quando as pessoas próximas as nós, quando os nossos compatriotas sofrem injustiças? Não podemo-nos indignar quando aqueles que nos governam, aqueles que nós elegemos fazem uma coisa que não é aquilo que era suposto fazerem enquanto nossos servidores, é essa a mensagem que querem lançar com este acto bárbaro, vergonhoso, ignominioso, desumano, baixo, repulsivo, é isso mesmo?”, afirmou José Jaime Macuane.
“Nós temos que lutar para que no nosso país não aconteçam este tipo de coisas, para que ninguém seja vítima desta violência, nem que tenhamos que morrer!”
Salema tinha acabado almoçar num restaurante que funciona nas instalações do SNJ, na avenida 24 de Julho esquina com à avenida Orlando Magumbwe, próximo aos Ministérios da Educação e do Turismo, quando foi abordado, cerca das 13h30, por dois indivíduos que o encurralaram no momento em que abriu a bagageira da viatura que o iria transportar, e era conduzida por um motorista, e anunciaram o sequestro.
Testemunhas contaram ao @Verdade que o jovem jornalista foi obrigado por dois cidadãos não identificados a entrar numa viatura ligeira de marca Toyota com vidros fumados e sem chapa de matrícula, que tinha chegado às imediações do local várias horas mais cedo, e deixou o local em direcção a avenida Orlando Magumbwe.
Cerca de uma hora após o motorista denunciar o crime as autoridades policiais e ser ouvido na esquadra situada na Julius Nyerere a esposa do jornalista, que entretanto acorrera ao local, foi informada telefonicamente que Ericino de Salema havia sido abandonado num sector da estrada Circular de Maputo, próximo do distrito de Marracuene.
Salema recebia ameaças por comentários políticos e aconselhamentos jurídicos à Renamo
O @Verdade apurou que o jornalista e jurista estava na berma de uma via secundária de terra batida, amarrado e a ser violentado por dois cidadãos não identificados quando um grupo de crianças os surpreendeu e denunciaram o que viram a populares que prontamente acorreram ao local originando a saída dos criminosos.
Com algumas escoriações na região do abdómen e incapaz de caminhar pelas próprias pernas, testemunhas relataram que Salema pediu primeiro água e depois ajuda para contactarem a sua esposa.
Enquanto a polícia, amigos e colegas dirigiam-se ao local indicado os populares conseguiram ajuda de um automobilista que transportou Ericino de Salema na caixa aberta da sua carrinha para uma unidade sanitária privada.
O @Verdade apurou que o jornalista vinha recebendo ameaças à sua integridade física há vários dias, aparentemente relacionadas com os comentários semanais que efectua num programa televisivo de um canal privado e também aos aconselhamentos jurídicos que tem dado ao partido Renamo no processo de revisão pontual da Constituição da República de Moçambique.
Embora a Polícia da República de Moçambique tenha vindo a público afirmar que está no encalço dos dois criminosos é paradoxal que Ericino de Salema tenha sido alvo de um sequestro similar ao de outro comentador do mesmo programa de comentário político, o académico José Jaime Macuane que a 23 de Maio de 2016 foi inclusivamente abandonado próximo do mesmo local na estrada Circular contudo baleado com cinco tiros, até hoje a polícia não esclareceu o crime.
Aguardando notícias sobre o estado de saúde de Salema o professor Macuane disse sentir “repulsa, indignação profunda, vergonha por mais este acto porque parece estar a sinalizar que ou nos submetemos às injustiças ou vamos ser violentados neste país”.
“A minha questão é: estamos num país independente? Estamos num país que lutou para ser livre? Estamos condenados a ser escravos num país que se diz independente há 43 anos, é isto que nós queremos para o nosso país? Temos que nos calar, não podemos dizer aquilo que nós sentimos? Não podemo-nos indignar quando as pessoas próximas as nós, quando os nossos compatriotas sofrem injustiças? Não podemo-nos indignar quando aqueles que nos governam, aqueles que nós elegemos fazem uma coisa que não é aquilo que era suposto fazerem enquanto nossos servidores, é essa a mensagem que querem lançar com este acto bárbaro, vergonhoso, ignominioso, desumano, baixo, repulsivo, é isso mesmo?”, afirmou José Jaime Macuane.
“Nós temos que lutar para que no nosso país não aconteçam este tipo de coisas, para que ninguém seja vítima desta violência, nem que tenhamos que morrer!”
Este foi o 12º crime que aparenta ter motivação política em Moçambique, afinal Salema não foi assaltado, e até hoje as autoridades policiais não esclareceram nenhum deles. O primeiro destes crimes com aparente ter motivação política, e que foram também documentados no mais recente Relatório da Human Rights Watch, foi o assassinato do advogado constitucionalista Gilles Cistac foi morto a tiro no exterior de um café no centro de Maputo a 3 de Março de 2015.
Seguiu-se um atentado, a 16 de Janeiro de 2016, contra o secretário-geral do partido Renamo, Manuel Bissopo, que foi atingido a tiro no centro da cidade da Beira.
A 4 de Fevereiro de 2016, o alto oficial do partido Renamo Filipe Jonasse Machatine foi encontrado morto com oito tiros em Gondola, província de Manica, dois dias após ter sido raptado por homens não identificados.
A 7 de Março de 2016, um alto oficial do partido Renamo na província de Inhambane, Aly Jane, foi encontrado morto após ter desaparecido quatro dias antes. O seu corpo, encontrado perto do Rio Nhanombe, entre os distritos de Maxixe e Homoíne, exibia sinais de violência.
José Manuel, membro do partido Renamo e do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, foi morto a tiro a 9 de Abril de 2016, ao pé do Aeroporto Internacional da Beira após ter chegado de Maputo.
Em 22 de Junho de 2016, o corpo de um alto oficial da Frelimo na província de Manica, José Fernando Nguiraze, foi encontrado dentro de casa por vizinhos com ferimentos de bala.
O administrador de Tica, no distrito de Nhamatanda, na província de Sofala, Jorge Abílio, foi assassinado a 2 de Setembro de 2016 por homens armados que a polícia identificou como combatentes da Renamo.
A 22 de Setembro de 2016, o alto oficial do partido Renamo no distrito de Moatize e membro da assembleia provincial local de Tete, Armindo Nkutche, morreu após ter sofrido seis tiros na rua, poucas horas depois de ter falado na sessão de encerramento da assembleia.
Seguiu-se a 8 de Outubro de 2016 o assassinato de Jeremias Pondeca, membro do partido Renamo e de uma equipa que preparava uma reunião entre o presidente Nyusi e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foi morto a tiro durante a sua corrida matinal na praia da Costa do Sol.
O mais recente crime com aparente motivação política aconteceu no último dia Paz, a 4 de Outubro de 2017, e a vítima foi o presidente do município de Nampula e membro do partido Movimento Democrático de Moçambique, Mahamudo Amurane, que foi morto à tiro perto de sua casa por homens até hoje não identificados.
Diante deste crime fica o encorajamento de uma vítima que não se cala: “Nós temos que lutar para que no nosso país não aconteçam este tipo de coisas, para que ninguém seja vítima desta violência, nem que tenhamos que morrer! Porque a vida desta forma como se tornou neste país acho que não é digna o suficiente para que a gente tentar preservar esta vida miserável como ela é”, declarou o professor José Jaime Macuane.
Fonte: http://www.verdade.co.mz
Seguiu-se um atentado, a 16 de Janeiro de 2016, contra o secretário-geral do partido Renamo, Manuel Bissopo, que foi atingido a tiro no centro da cidade da Beira.
A 4 de Fevereiro de 2016, o alto oficial do partido Renamo Filipe Jonasse Machatine foi encontrado morto com oito tiros em Gondola, província de Manica, dois dias após ter sido raptado por homens não identificados.
A 7 de Março de 2016, um alto oficial do partido Renamo na província de Inhambane, Aly Jane, foi encontrado morto após ter desaparecido quatro dias antes. O seu corpo, encontrado perto do Rio Nhanombe, entre os distritos de Maxixe e Homoíne, exibia sinais de violência.
José Manuel, membro do partido Renamo e do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, foi morto a tiro a 9 de Abril de 2016, ao pé do Aeroporto Internacional da Beira após ter chegado de Maputo.
Em 22 de Junho de 2016, o corpo de um alto oficial da Frelimo na província de Manica, José Fernando Nguiraze, foi encontrado dentro de casa por vizinhos com ferimentos de bala.
O administrador de Tica, no distrito de Nhamatanda, na província de Sofala, Jorge Abílio, foi assassinado a 2 de Setembro de 2016 por homens armados que a polícia identificou como combatentes da Renamo.
A 22 de Setembro de 2016, o alto oficial do partido Renamo no distrito de Moatize e membro da assembleia provincial local de Tete, Armindo Nkutche, morreu após ter sofrido seis tiros na rua, poucas horas depois de ter falado na sessão de encerramento da assembleia.
Seguiu-se a 8 de Outubro de 2016 o assassinato de Jeremias Pondeca, membro do partido Renamo e de uma equipa que preparava uma reunião entre o presidente Nyusi e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foi morto a tiro durante a sua corrida matinal na praia da Costa do Sol.
O mais recente crime com aparente motivação política aconteceu no último dia Paz, a 4 de Outubro de 2017, e a vítima foi o presidente do município de Nampula e membro do partido Movimento Democrático de Moçambique, Mahamudo Amurane, que foi morto à tiro perto de sua casa por homens até hoje não identificados.
Diante deste crime fica o encorajamento de uma vítima que não se cala: “Nós temos que lutar para que no nosso país não aconteçam este tipo de coisas, para que ninguém seja vítima desta violência, nem que tenhamos que morrer! Porque a vida desta forma como se tornou neste país acho que não é digna o suficiente para que a gente tentar preservar esta vida miserável como ela é”, declarou o professor José Jaime Macuane.
Fonte: http://www.verdade.co.mz