O Partido de Renovação Social da Guiné-Bissau só vai integrar um Governo onde haja um consenso sobre determinado nome, afirmou hoje(15 Março) o porta-voz do partido, Vítor Pereira. O porta-voz falava aos jornalistas no final da primeira sessão da comissão política nacional do partido, que decorreu numa unidade hoteleira em Bissau.
"A Comissão Política quer que o PRS integre um Governo apenas onde haja um consenso sobre determinado nome", disse Vítor Pereira aos jornalistas no final do encontro.
Questionado sobre se o nome era Artur Silva, Vítor Pereira repetiu "sobre um determinado nome".
Artur Silva foi nomeado no final de janeiro primeiro-ministro da Guiné-Bissau, mas mais de 40 dias depois da sua nomeação ainda não foi anunciado o novo Governo.
Na quarta-feira, o Presidente guineense, José Mário Vaz, esteve reunido com a comunidade internacional, mulheres facilitadoras, sociedade civil, entidades religiosas, PRS e grupo dos deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), mas o encontro foi inconclusivo.
"Ontem [quarta-feira] tivemos uma reunião com o senhor Presidente da República (...) e voltou a pôr-se a questão de um primeiro-ministro de consenso. As pessoas recuaram todas para procurarmos os consensos possíveis para terça-feira", disse, referindo-se a novo encontro de auscultação convocado pelo Presidente José Mário Vaz.
Sobre a possibilidade de o PRS apresentar o nome, Vítor Pereira disse que o partido "alinhará num nome consensual".
"O PRS neste processo foi muito mal compreendido, mas não baixará os braços. Para não criar vazios de poder, o PRS neste processo funciona como facilitador, para que o poder não vá à rua", salientou.
Em relação a uma possível aliança com o grupo dos deputados dissidentes do PAIGC, denominado grupo dos 15, o porta-voz do partido disse que "estará eventualmente em cima da mesa e que não deixaria de ser natural".
"É natural que hoje às portas das eleições estejamos mutuamente interessados em procurar consensos", disse.
MSE // EL
Lusa/Fim
Leia também: Victor Pereira: “PRS SE ALINHARÁ EVENTUALMENTE COM NOME CONSENSUAL PARA O CARGO DO PRIMEIRO-MINISTRO”
O Porta-voz do Partido da Renovação Social (PRS), Victor Pereira, disse no início da noite desta quinta-feira, 15 de março 2018, que o seu partido alinhar-se-á eventualmente a um nome do consenso a ser escolhido para o cargo do Primeiro-Ministro, durante a reunião da próxima terça-feira (20 de março), convocada pelo Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.
Victor Pereira que falava no fim da reunião da Comissão Política dos renovadores realizada em Bissau para analisar a situação interna do partido e consequentemente anunciar o presidium (direção).
O encontro abordou igualmente a crise política vigente e acertou a posição do partido quanto ao nome a ser escolhido para o cargo do Primeiro-ministro, durante a reunião agendada para o dia 20 de Março.
Segundo o porta-voz dos renovadores, os membros da Comissão Política decidiram no fim da reunião solidarizar-se com os dirigentes do partido sancionados pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, alegando que estes impediram a implementação do “Acordo de Conakry” rubricado em Outubro de 2016.
Sobre a composição da direção do partido, Pereira disse que o presidente Alberto Nambeia tomou a iniciativa de manter a confiança nos seus vice-presidentes eleitos no IV Congresso Ordinário.
Os membros da direção cessante reconduzidos são: Serifo Djaló, primeiro vice-presidente; Jorge Malú, segundo vice-presidente; Martina Moniz, terceira vice-presidente; Lassana Fati, quarto vice-presidente; Certório Biote, quinto vice-presidente e Orlando Mendes Veiga é o sexto vice-presidente.
Solicitado a pronunciar-se sobre a decisão tomada pela Comissão Política no que concerne à participação ou não do partido no executivo liderado por Artur Silva, esclarece que se houver o consenso sobre o nome “a Comissão Política recomenda que o PRS integre um governo apenas, onde haja consenso sobre um determinado nome”.
De acordo com Pereira, na reunião de ontem (quarta-feira) com Presidente da República falou-se na necessidade de se encontrar um Primeiro-ministro do consenso, pelo que houve recuo dos presentes para procurar consensos possíveis que serão analisados na próxima terça-feira e eventualmente encontrar um nome consensual.
Deixa, desde logo, claro que o seu partido não apresentará nenhum nome durante a reunião, mas o “PRS se alinhará eventualmente a um nome consensual para o cargo do Primeiro-ministro”.
“O PRS neste processo foi muito mal compreendido, mas não baixará os braços! Para não criar vazios de poder, PRS neste processo funciona apenas como facilitador para que o poder não vá à rua. Por isso, nunca avançaremos com o nome do primeiro-ministro”, espelhou o político.
Por: Assana Sambú
odemocratagb.com