quarta-feira, 28 de março de 2018

FMI EXPLICA A MILITARES GUINEENSES PROGRAMA ALARGADO DE CRÉDITO E DEFENDE ESTABILIDADE


A delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) que está a avaliar o desempenho macroeconómico da Guiné-Bissau reuniu-se hoje com oficiais das Forças Armadas guineenses para explicar as «melhorias em curso» ao nível das Finanças Públicas.

Acompanhada do ministro das Finanças do Governo demissionário, João Fadiá, a delegação do FMI, liderada por Tobias Rasmussen, chefe da missão da organização para Guiné-Bissau, reuniu-se com 100 oficiais das Forças Armadas.

Questionado sobre a pertinência do encontro com os militares, Óscar Melhado, representante do FMI no país, defendeu que «definitivamente» a estabilidade política e económica «são importantes para o crescimento económico» de um país.

“Queremos partilhar a nossa visão com o sistema de segurança sobre as metas a curto e longo prazo”, afirmou Melhado, que elogiou as potencialidades da Guiné-Bissau, destacando a agricultura e o mar.

A delegação mostrou aos militares o que tem sido feito no âmbito do Programa Alargado de Crédito com a Guiné-Bissau executado durante três anos, mas que vai ser prorrogado por mais 12 meses devido ao «bom desempenho» das autoridades de Bissau, indicou Óscar Melhado.

“A Guiné-Bissau é um país com todas as possibilidades de desenvolver-se e sair da pobreza se se organizar bem”, declarou o representante do FMI em Bissau, salientando que o país atingiu todas as metas acordadas com a sua instituição no domínio das Finanças Públicas.

O ministro das Finanças do Governo demissionário disse que o encontro serviu para a missão do FMI «colher reações» dos militares sobre o que tem sido feito e que tem permitido um «crescimento interessante» da economia guineense que se situa na ordem de 6%.

Quanto aos militares, João Fadiá defendeu serem «uma franja importante» da sociedade guineense, mas que «muita das vezes, parece deslocada da realidade», notou.

O FMI iniciou a semana passada a sua quinta e última avaliação à Guiné-Bissau no âmbito do Programa Alargado de Crédito, que termina a 02 de abril.

O Programa Alargado de Crédito, num montante de 23,5 milhões de dólares (cerca de 21 milhões de euros), foi aprovado em julho de 2015.

 Fonte: Lusa em, https://www.dn.pt | Foto: Radio Sol Mansi

 
 
 
Radio Sol Mansi - A missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) esteve reunido esta quarta-feira (28 de Março) com as forças de Defesa e Segurança cujo propósito é transmitir aos militares os motivos do trabalho do fundo na Guiné-Bissau.
 
A margem do encontro dos militares com a missão que se encontra no país há mais de uma semana o ministro do governo demitido João Aladje Fadia afirmou que no encontro os militares ficarão a saber o que é preciso fazer para o crescimento económico do país.
 
«Quiseram fazer esta conferência com o sector da defesa e Segurança para transmitir um pouco do que estão a fazer no país e colher a reacção desta importante franja da sociedade que muitas das vezes parecem que estão deslocados da realidade», conta Fadia para depois realçar que “o objectivo é dar a luz o que é preciso fazer para o crescimento sustentável da nossa economia em que fazem parte as forças de defesa e segurança”.
 
Por outro lado, o ex-ministro lembrou que ao longo dos últimos três anos a Guiné-Bissau tem registado taxa de crescimento muito razoável, isto é na ordem de 6%.
 
Entretanto, o representante do FMI no país Óscar Melhado sublinhou que a Guiné-Bissau atingiu as metas proposto ao fundo, particularmente nas finanças públicas atingiram as metas “e neste momento estão a discutir um programa para mais um ano “porque a Guiné-Bissau tem um bom comportamento” tendo afirmado depois que a estabilidade política é importante para o progresso e o desenvolvimento. “ Neste particular, queremos partilhar com o sistema de segurança nossa ambição de como desenvolver o país, se temos que fazê-lo a curto ou a longo prazo”, sublinha representante do FMI.
 
O Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha considerado que a Guiné-Bissau continua a demonstrar "desenvolvimentos positivos" da sua economia, suportados pelo elevado preço do caju e boa gestão orçamental.
 
O crescimento que se tem verificado na economia durante os últimos dois anos continua, apoiado pelos elevados preços do caju e uma boa gestão orçamental que tem melhorado as finanças públicas", disse Tobias Rasmussen chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau.
 
Por: Nautaran Marcos Có