Ponto a reter: Após décadas de subjugação dos "tabankeiros", os "meninos di praça", iam sendo colocados ao colo no topo da administração pública, chovendo elogios pelo seu domínio do português, venerados por não se misturarem com o povo, apresentados como alternativa sem que tenham dado provas disso antes. Transformaram óculos de leitura e um fato à medida, em um doutoramento feito; à humildade /simplicidade denominaram de "Ka panha pé", falta de intelectualidade.
Gervasio Silva Lopes, no FaceBook, acerca da marcha do MCCI, a qual, apesar de não ter reunido mais de umas poucas dezenas de pessoas, obteve mais cobertura jornalística no exterior que a marcha contra as sanções ilegais da CEDEAO, que juntou no mesmo sítio, poucos dias antes, largos milhares de manifestantes.
"Entregar a nossa soberania à CEDEAO, é desrespeitar as vidas perdidas na conquista dessa soberania. Entregar a nossa soberania à CEDEAO, é deixar de ser sensível para com as pessoas que perderam seus familiares e amigos por via da luta de libertação nacional. É bom que sejam relembrados, que depois de termos alcançado a independência de forma brilhante e corajosa, o modo de governar a Guiné-Bissau levado a cabo pelos sucessivos regimes foi de mentiras e promessas de um desenvolvimento que nunca chegou a sair de discursos de campanha eleitoral.
Foram promessas de uma Justiça que nunca deixaram funcionar. Foram promessas de respeito pela liberdade de expressão que, na verdade, jamais quiseram que usufruíssemos. Foram regimes de abuso de poder onde na praça de Bissau ainda se contam histórias ou estórias de camaradas que engravidaram mulheres de camaradas. Foram regimes onde camaradas se suicidaram por não poderem entrar em casa enquanto o todo poderoso estava em meetings amorosos com as suas esposas; Regimes de mortes com pregos na cabeça, torturas feitas com agulhas nas esquadras, desmoronamento de indústrias, histórias de falências de indústrias nacionais onde os seus gestores se tornariam milionários; traficantes que se tornaram políticos, etc, etc...
Até hoje ainda não temos forma de verificar a veracidade destas histórias, porque o jornalismo de investigação ainda não tem pessoas com coragem suficiente para entrevistar as vítimas dessa barbárie, porque os historiadores e sociólogos procurar ser aceites nas elites que os regimes têm estado a criar, sem qualquer substância de superioridade intelectual em relação aos que não tiveram oportunidade de ser contemplados com os privilégios dos regimes que destruíram toda a instituição responsável por desenvolver a capacidade intelectual de cada um.
Após décadas de subjugação dos "tabankeiros", os "meninos di praça", iam sendo colocados ao colo no topo da administração pública, chovendo elogios pelo seu domínio do português, venerados por não se misturarem com o povo, apresentados como alternativa sem que tenham dado provas disso antes. Transformaram óculos de leitura e um fato à medida, em um doutoramento feito; à humildade /simplicidade denominaram de "Ka panha pé", falta de intelectualidade.
Estamos perante mais uma crise que se iniciou por os membros do PAIGC não se entenderem e agora estamos em mais um retorno ao obscurantismo e mais uma oportunidade para o PAIGC lançar um novo líder e mais um projecto de salvação nacional, mas na verdade, nunca foram capazes de tirar o povo da miséria em que os próprios o colocaram.
Hoje os PAIGCISTAS admitem que não têm antídoto para os problemas da República da Guiné-Bissau e admiravelmente admitem que são os principais responsáveis pelo estado que o Estado se encontra e simultaneamente o estado social, mas hoje exigem apresentação de alternativas, mas não admitem uma alternativa qualquer. Só admitem uma alternativa que tenha provas de governação, da altura que o próprio PAIGC impediu que outros governassem, uma alternativa presidencial que tenha experiência em cargos de ministro ou até mesmo secretário, num regime que nem mesmo Jesus Cristo se livraria de ser contaminado. Só pode ser brincadeira!
Como podem os apoiantes do PAIGC reclamar, se, com uma maioria absoluta, o partido deixou a governação escapar-lhe entre os dedos?
Como podem os apoiantes do PAIGC reclamar, quando, para expandir a sua área de influência e comprometer todos, dividiram entre si milhões, ao que chamaram de "resgate"?
Como podem reclamar das críticas, quando instituíram a cobamalcracia, com os seus meninos "os fala bem português" no seu dirigismo, para impedir o crescimento da crítica, chamando os mudos de democratas, os alienados de movimentos e os conscientes de invejosos? Como pode o PAI reclamar quando assistimos ao surgimento de novos ricos e à promoção dos antigos ricos para o patamar de milionários? O PAIGC não tem razões para reclamar deste povo, tendo ele mesmo preparado a receita para dizimar os críticos com a cobamalcracia, mas que não deu certo, pois a nova geração de críticos estava muito bem preparada para as sua estratégia de baixo nível. Estando cegos nessa ideia desarrazoada de voltar ao poder, fecharam a instituição que impediria os actuais governantes delapidarem a Guiné-Bissau. Permitindo assim existência de governos que as suas acções não possibilitavam o povo ter controlo sobre eles.
Nunca em nenhum país do mundo, assisti a uma justiça que condena até os netos dos supostos incumpridores de um acordo. Por mais vontade que eu tenha em ver os governantes privados do dinheiro que têm retirado ao povo, jamais apoiaria uma injustiça que poderia ter consequências extremamente negativas ao ser imitada por outras instituições ou até mesmo pelo nosso Estado.
Poderíamos apelidar a marcha realizada pelo MCCI de "A marcha dos traidores" se quisermos usar uma designação menos obscena, mas foi uma acção que não dignificou/dignifica nenhum cidadão consciente e nenhum cidadão com sentido de Estado. Estamos a falar de uma acção completamente injusta, desajustada e não recomendável a nenhuma organização que pretenda participar num processo de reconciliação.
Aos cidadãos conscientes exigia-se estar do lado da Constituição, do lado do povo, mas infelizmente as suas acções não enganam ninguém de que lado é que estão. Está claríssimo que este Movimento é uma lança do PAIGC e só sai à rua para reivindicar as posições do PAIGC, numa altura em que necessitamos de uma juventude esclarecida, que fale em nome do povo.
Eu não contestaria esta acção com veemência se a acção da CEDEAO começasse pela instauração de um processo aos então sancionados no tribunal da CEDEAO e caso houvesse razão para justificar essa acção, se procedesse ao levantamento das imunidades de que gozam os deputados da CEDEAO, para de seguida cumprir os procedimentos que não menospreze o poder de controlo das instituições existentes na Guiné-Bissau pelas autoridades legitimamente escolhidas pelo povo.
A CEDEAO ao aplicar estas sanções contou com a fragilidade das instituições guineenses e em especial com a falta de firmeza que caracteriza os nossos políticos, pois comparando com os problemas que existem noutros países membros da CEDEAO, a crise guineense é dos menos preocupantes, e jamais a CEDEAO teve o atrevimento de aplicar tais medidas.
Somente na Guiné-Bissau é que um banco ousaria congelar as contas de qualquer cidadão desrespeitando as leis desse Estado. O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, poderia ter tido um papel mais benéfico ao povo guineense se tivesse optado pela imparcialidade.
Ora vejamos um simples exemplo, perante a grave crise que se instalou após o fecho do parlamento, o que se exigia ao Presidente da República da Guiné-Bissau era a dissolução do parlamento uma vez que não estava a cumprir com o seu funcionamento normal, e não o eco das exigências do PAIGC.
Uma vez que a CEDEAO se apresentava como mediadora, o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, poderia ter oferecido de forma simbólica à CEDEAO um exemplar da Constituição da República da Guiné-Bissau, demonstrando assim, que na Constituição da República da Guiné-Bissau, existem directrizes para a solução desta crise, rejeitando assim, qualquer oferta de uma solução inconstitucional. Por sua vez, a CEDEAO, deveria pressionar o Presidente da República da Guiné-Bissau no tocante ao respeito pelas regras nacionais pois foram perante essas regras que foram aceites na CEDEAO.
E caso o Presidente da República da Guiné-Bissau insistisse em não respeitar a Constituição que lhe conferiu poderes para resolver esta crise e legitimidade para ser representante deste povo, DEVERIA SER SANCIONADO PELA CEDEAO DE FORMA INDIVIDUAL E NUNCA ABRANGENDO NENHUM MEMBRO DA SUA FAMILIA. Mas infelizmente não foi isso que vimos, o que temos assistido é o Movimento dos Cidadãos e Inconformados a rubricarem as acções e exigências do PAIGC, mesmo quando essas acções criam vícios maléficos e não democráticos.
Esta atitude da CEDEAO em sancionar sem instauração de nenhum processo, sem o pedido de levantamento da imunidade parlamentar e desrespeitando os direitos humanos, caso um dia venha a ser copiado pelas autoridades da Guiné-Bissau, poderemos afirmar categoricamente que o Movimento dos Cidadãos e Inconformados é cúmplice dessa violação.
O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados ficam desta forma assim ligados a uma parte da história da Guiné-Bissau, em que traíram os valores da luta de Amílcar Cabral, que é sermos soberanos. Volto a reafirmar que o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados foram TRAIDORES para com os valores de Amílcar Cabral e o seu povo."
Como podem os apoiantes do PAIGC reclamar, se, com uma maioria absoluta, o partido deixou a governação escapar-lhe entre os dedos?
Como podem os apoiantes do PAIGC reclamar, quando, para expandir a sua área de influência e comprometer todos, dividiram entre si milhões, ao que chamaram de "resgate"?
Como podem reclamar das críticas, quando instituíram a cobamalcracia, com os seus meninos "os fala bem português" no seu dirigismo, para impedir o crescimento da crítica, chamando os mudos de democratas, os alienados de movimentos e os conscientes de invejosos? Como pode o PAI reclamar quando assistimos ao surgimento de novos ricos e à promoção dos antigos ricos para o patamar de milionários? O PAIGC não tem razões para reclamar deste povo, tendo ele mesmo preparado a receita para dizimar os críticos com a cobamalcracia, mas que não deu certo, pois a nova geração de críticos estava muito bem preparada para as sua estratégia de baixo nível. Estando cegos nessa ideia desarrazoada de voltar ao poder, fecharam a instituição que impediria os actuais governantes delapidarem a Guiné-Bissau. Permitindo assim existência de governos que as suas acções não possibilitavam o povo ter controlo sobre eles.
Nunca em nenhum país do mundo, assisti a uma justiça que condena até os netos dos supostos incumpridores de um acordo. Por mais vontade que eu tenha em ver os governantes privados do dinheiro que têm retirado ao povo, jamais apoiaria uma injustiça que poderia ter consequências extremamente negativas ao ser imitada por outras instituições ou até mesmo pelo nosso Estado.
Poderíamos apelidar a marcha realizada pelo MCCI de "A marcha dos traidores" se quisermos usar uma designação menos obscena, mas foi uma acção que não dignificou/dignifica nenhum cidadão consciente e nenhum cidadão com sentido de Estado. Estamos a falar de uma acção completamente injusta, desajustada e não recomendável a nenhuma organização que pretenda participar num processo de reconciliação.
Aos cidadãos conscientes exigia-se estar do lado da Constituição, do lado do povo, mas infelizmente as suas acções não enganam ninguém de que lado é que estão. Está claríssimo que este Movimento é uma lança do PAIGC e só sai à rua para reivindicar as posições do PAIGC, numa altura em que necessitamos de uma juventude esclarecida, que fale em nome do povo.
Eu não contestaria esta acção com veemência se a acção da CEDEAO começasse pela instauração de um processo aos então sancionados no tribunal da CEDEAO e caso houvesse razão para justificar essa acção, se procedesse ao levantamento das imunidades de que gozam os deputados da CEDEAO, para de seguida cumprir os procedimentos que não menospreze o poder de controlo das instituições existentes na Guiné-Bissau pelas autoridades legitimamente escolhidas pelo povo.
A CEDEAO ao aplicar estas sanções contou com a fragilidade das instituições guineenses e em especial com a falta de firmeza que caracteriza os nossos políticos, pois comparando com os problemas que existem noutros países membros da CEDEAO, a crise guineense é dos menos preocupantes, e jamais a CEDEAO teve o atrevimento de aplicar tais medidas.
Somente na Guiné-Bissau é que um banco ousaria congelar as contas de qualquer cidadão desrespeitando as leis desse Estado. O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, poderia ter tido um papel mais benéfico ao povo guineense se tivesse optado pela imparcialidade.
Ora vejamos um simples exemplo, perante a grave crise que se instalou após o fecho do parlamento, o que se exigia ao Presidente da República da Guiné-Bissau era a dissolução do parlamento uma vez que não estava a cumprir com o seu funcionamento normal, e não o eco das exigências do PAIGC.
Uma vez que a CEDEAO se apresentava como mediadora, o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, poderia ter oferecido de forma simbólica à CEDEAO um exemplar da Constituição da República da Guiné-Bissau, demonstrando assim, que na Constituição da República da Guiné-Bissau, existem directrizes para a solução desta crise, rejeitando assim, qualquer oferta de uma solução inconstitucional. Por sua vez, a CEDEAO, deveria pressionar o Presidente da República da Guiné-Bissau no tocante ao respeito pelas regras nacionais pois foram perante essas regras que foram aceites na CEDEAO.
E caso o Presidente da República da Guiné-Bissau insistisse em não respeitar a Constituição que lhe conferiu poderes para resolver esta crise e legitimidade para ser representante deste povo, DEVERIA SER SANCIONADO PELA CEDEAO DE FORMA INDIVIDUAL E NUNCA ABRANGENDO NENHUM MEMBRO DA SUA FAMILIA. Mas infelizmente não foi isso que vimos, o que temos assistido é o Movimento dos Cidadãos e Inconformados a rubricarem as acções e exigências do PAIGC, mesmo quando essas acções criam vícios maléficos e não democráticos.
Esta atitude da CEDEAO em sancionar sem instauração de nenhum processo, sem o pedido de levantamento da imunidade parlamentar e desrespeitando os direitos humanos, caso um dia venha a ser copiado pelas autoridades da Guiné-Bissau, poderemos afirmar categoricamente que o Movimento dos Cidadãos e Inconformados é cúmplice dessa violação.
O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados ficam desta forma assim ligados a uma parte da história da Guiné-Bissau, em que traíram os valores da luta de Amílcar Cabral, que é sermos soberanos. Volto a reafirmar que o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados foram TRAIDORES para com os valores de Amílcar Cabral e o seu povo."