segunda-feira, 19 de março de 2018

PGR GUINEENSE SOLICITA AUDITORIA À CONTAS DO PODER JUDICIAL

O Procurador Geral da República, Bacari Biai, pediu esta segunda-feira, 19 de março 2018, o Tribunal de Contas para auditar as contas do poder judicial guineense, porque conforme disse “não podemos continuar a exigir as pessoas de transparência e honestidade, sem que o poder judicial não esteja devidamente limpo”.
 
Bacari Biai falava durante a cerimónia de entrega dos relatórios finais das contas públicas das empresas e instituições públicas ao Ministério Público.
 
Na ocasião, Biai disse que o poder judicial deve ser o primeiro a servir de exemplo na gestão criteriosa do fundo de Estado que lhe é confiado.
 
“Desde antiga Roma, o Ministério Público é considerado como moralizador da sociedade, daí que nunca, mas nunca, corremos desta responsabilidade que impendem sobre os nossos ombros. Vamos garantir na presença do presidente do Tribunal de Contas que estes relatórios merecerão a nossa atenção e se ressaltar algum indício de prática do crime que são da competência do Ministério Público, pode ficar à vontade que os supostos autores serão traduzidos à justiça”, garantiu Bacari Biai.
 
Assegurou ainda que a instituição que dirige está satisfeita com as mudanças profundas da moralização da sociedade, sendo que o tribunal de contas está a facilitar, de que maneira, aquilo que é a missão do ministério público em exigir cada pessoa a transparência na gerência do bem comum.
 
Para o presidente do Tribunal de Contas, Dionísio Cabi, a Procuradoria Geral da República, enquanto fiscal da legalidade, tem por direito de receber os mesmos relatórios para o devido efeito de análise e responsabilização. Nesse sentido, exortou o Ministério Público para analisarem bem os referidos documentos, bem como pediu a salvaguarda da integridade moral e ética das pessoas auditadas.
 
Recorde-se que os nove relatórios entregues a Procuradoria da República resultam de auditorias realizadas nas empresas e instituições públicas, nomeadamente, Empresa da Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB), Autoridade Reguladora Nacional (ARN), Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), Agência da Aviação Civil da Guiné-Bissau (AACGB), Fundo de Conservação Rodoviária, Instituto Nacional de Segurança Social, Guinetel, Guine Telecom, como também as contas do ministério da Defesa Nacional e Estado-Maior General das Forças Armadas.
 
 
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A