Várias cidades e várias auto-estradas foram palco de manifestações femininas contra Alpha Condé. Ouviram-se slogans como "Alpha Condé zero", "Abaixo o poder de Alpha Condé", "Alpha Condé 7 anos para nada", "Pára de matar as nossas crianças" (lembrando como as forças da ordem mataram ultimamente pelo menos 90 pessoas, ao dispararem balas reais, para dispersar manifestações anti-regime). Pelo menos num caso foi utilizado gaz lacrimogénio contra as manifestantes.
Muitas das mulheres lembravam as fraudes eleitorais maciças que permitiram a reeleição de Alpha Condé e a violenta repressão que se seguiu, gritando a plenos pulmões contra a impunidade das forças da ordem. Segundo as estimativas de um jornal francês, seriam cerca de 10 000, apenas em Conacri, numa manifestação a que deram o nome de "Marcha Branca".
O jornal Guinée News fala de ultimatum das mulheres. "Queremos justiça para as nossas crianças. É demais, é demais. Duas semanas. Damos-lhe duas semanas. Se, dentro de duas semanas, não nos entregar os assassinos das nossas crianças, vamos arrancá-lo do poder" lançava a deputada Mariama Bah. "Somos mães e estamos fartas que nos matem crianças a cada manifestação". Uma outra manifestante pedia a implicação da comunidade internacional para colocar um fim à impunidade na Guiné. Também o Le Jour e o Actu Guinée dão destaque ao ultimatum, no próprio título das suas notícias.
Segundo o Media Guinée, ao dar entrada no Palácio, Alpha Condé tenta em vão acalmar as mulheres, que continuam a gritar slogans hostis, reclamando uma solução para a crise na educação. Em pleno dia da mulher, só uma ameaçadora guarda consegue abrir caminho, pelo meio dos apupos, que o Presidente finge não ouvir, distribuindo sorrisos para ficar bem na fotografia.