segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

AINDA SOBRE O VÔO DE BISSAU...

Obrigado 7ZE-Emplastro

Fonte: josepaulofafe.blogspot.com


COMO SERIA de prever e como aqui se prognosticou, os contornos do rocambolesco episódio que girou à volta do já célebre vôo de Bissau da TAP começam a clarificar-se e, afinal, aquilo que praticamente era apresentado como quase se de um "assalto" ao avião se tratasse parece não ter passado de um telefonema de um ministro guineense a um chefe de escala da TAP, cuja versão conhecida até agora é a do funcionário da companhia área portuguesa. Mas é no mínimo curioso que de repente as tais "armas apontadas à tripulação" desaparecessem; que as repetidas "ameaças que o comandante foi alvo na sala de operações do aeroporto por parte de um grupo de soldados armados até aos dentes" não tivessem acontecido; e que o tal "ministro que chegou a ir à pista forçar a entrada dos 74 sírios no avião" afinal nunca tivesse ido sequer ao aeroporto. Aliás Fernando Pinto, o presidente da TAP, foi suficientemente claro ontem quando afirmou: "Não houve demonstração de força perante a tripulação", limitando o incidente a "pressões feitas sobre o chefe de escala" - pelos vistos, telefonicamente... Só falta mesmo agora dizerem que os sírios não são sírios e que nunca, em outro país qualquer, algum chefe de escala da TAP foi alguma vez sujeito a "pressões" por parte de alguma autoridade local. Uma coisa é certa: em termos operacionais, com a falta de aparelhos que a TAP tem neste momento, dá um jeitão suspender três vôos semanais para Bissau e, quando muito, reforçar as ligações para Dakar com mais um vôo semanal. E então se os TACV derem uma ajuda e começarem a voar regularmente da Praia ou mesmo do Sal para a capital guineense, então sim - isso é que era!