Na Turquia demitiram-se, com poucos
minutos de intervalo, os ministros da Economia e do Interior do governo de
Recep Tayyip Erdogan.
Ambos estão a ser atingidos por um enorme escândalo de corrupção que levou já à
detenção de um filho de cada ministro e dezenas de outras pessoas, entre as
quais o presidente de um banco público.
Todos são suspeitos de corrupção, fraude e branqueamento de capitais e
estão em prisão preventiva.
A remodelação do governo era esperada desde que rebentou o escândalo,
há pouco mais de uma semana. Este é um enorme desafio para Recep Tayyip
Erdogan, a três meses das eleições municipais.
O primeiro-ministro tem evocado a tese do complô, com origem numa
confraria religiosa – que já foi aliada do seu partido, o AKP – e que
visa desestabilizar o governo, prometeu no domingo esmagar esta conspiração
como esmagou a revolta de Istambul.