Novecentas e cinquenta refugiadas da República Democrática do Congo em Angola foram violadas entre Janeiro e Novembro deste ano durante o processo de deportação, denunciou hoje (24 Dez) em comunicado a secção belga da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).
A Organização Não-governamental dá apoio às vítimas das violações nas zonas de Luamno e Kamoni, na província do Kasai-Ocidental, na zona oeste da RDCongo, onde a MSF auxilia refugiados congoleses deportados dos países vizinhos.
"Os militares angolanos cometem atos coletivos de violência sexual, segundo os testemunhos das vítimas", lê-se num comunicado da organização, que desde agosto de 2012 apoia as congolesas expulsas de Angola que são vítimas de violações.
Apesar das medidas adotadas pelas autoridades angolanas e congolesas contra a violência sexual, mas este tipo de casos continua a registar-se.
A MSF considera "inaceitável" a falta de atenção dada às vítimas de violação pelas autoridades angolanas e exige ao Governo de Luanda que proteja os refugiados e persiga os responsáveis pelos abusos.Ver Notícia