Os jornalistas portugueses
Nuno Matos, Alexandre Afonso e João Digo, ligados à rádio e ao desporto na RTP,
têm sido recebidos em apoteose em todos os lugares por onde passam na
Guiné-Bissau desde terça-feira.
Os três jornalistas, que hoje
regressam à Lisboa, deslocaram-se à Guiné-Bissau a convite de um empresário de
futebol local e hoje estiveram em Mansoa, a 60 quilómetros a norte de Bissau,
onde foram recebidos por centenas de pessoas.
Já na quarta-feira os
profissionais da rádio publica portuguesa foram
"estrelas" numa receção que lhes foi feita num clube juvenil de
Bissau onde estiveram cerca de mil pessoas.
Porque o futebol é a paixão de
muitos jovens guineenses, Nuno Matos e Alexandre Afonso não se
cansam de tirar fotografias e comentar um ou outro pormenor dos relatos que
fazem, mas sobretudo do último jogo da seleção portuguesa, diante da Suécia.
Na quarta-feira, no espaço
juvenil Lenox, os dois locutores, a pedido dos presentes, tiveram mesmo que
improvisar um relato de um jogo de futebol ao lado de um jornalista guineense.
Hoje, em Mansoa, não houve relato
ao vivo, mas através de um sistema de som montado no estádio, as vozes dos dois
locutores foram ouvidas quando gritavam os três golos de Cristiano Ronaldo no
jogo contra a Suécia.
A cada grito emocionado de golo
de Ronaldo, Nuno Matos era brindado com palmas por parte dos jovens que
afluíram ao velho estádio Corca Sow para conhecer e saudar os jornalistas
portugueses.
Dentre os presentes, um miúdo trazia
um cartaz, um papelão escrito à mão, onde, com letras garrafais, desejava boa
sorte a Portugal no mundial do Brasil.
Emocionado, Nuno
Matos disse que levará a Guiné-Bissau no coração e a partir de agora,
nos seus relatos de futebol, não se vai esquecer "de um povo humilde que
ama o futebol".
"Vou falar da Guiné-Bissau e
das gentes de Mansoa", observou Nuno Matos, entre abraços, apertos de mão,
fotografias e vivas a Portugal.
Também visivelmente emocionado o
jornalista e animador das manhãs daRDP-África, João Diogo, afirmou que
"receções e ambientes de fraternidade" como aquelas que estão a ter
na Guiné-Bissau "simbolizam a força do canal África" da Rádio
e Televisão de Portugal.