O Governo de transição da Guiné-Bissau quer adquirir até à próxima semana mais 400 "kit" eletrónicos para recenseamento eleitoral, de forma a minimizar os atrasos no processo, disse à Lusa fonte do executivo.
Com ajuda de Timor-Leste, o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) colocou no terreno 123 "kit" (computador, máquina fotográfica, aparelho de impressão digital, impressora e um gerador), mas em 16 dias de recenseamento notou-se que "o processo está lento".
"O processo está lento porque, na realidade, os 'kit' que temos não chegam", observou uma fonte do GTAPE, considerando que é necessário "reforçar" o equipamento no terreno".
A mesma fonte adiantou que o Governo de transição já tomou a decisão de adquirir pelo menos mais 400 conjuntos de equipamento, os quais somados aos 77 que Timor-Leste vai fazer chegar ao país até sexta-feira poderão responder às necessidades.
As autoridades de transição estão em conversações com a Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) para que a organização adquira os 400 "kit".
Com os 600 pacotes de equipamento de recenseamento no terreno e mais 15 dias além do prazo previsto para o fim do prazo do recenseamento, será possível registar aos 800 mil eleitores "sem problema", vincou a mesma fonte do Governo de transição.
Está previsto que o recenseamento eleitoral termine no dia 30 de dezembro, mas o GTAPE e o próprio ministro responsável pelo processo eleitoral, Batista Té, admitem a possibilidade de a data ser prorrogada.
As primeiras eleições gerais na Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de abril de 2012 estão marcadas para 16 de março de 2014.