Mediadores africanos, das Nações Unidas e um enviado especial dos
Estados Unidos tentam evitar a todo o custo um conflito interétnico no Sudão do
Sul.
A ONU condenou o ataque a uma base da organização, na
quinta-feira, que vitimou dois capacetes azuis indianos, quando uma importante
força da etnia Nuer disparou alegadamente contra uma multidão da etnia Dinka
num recinto das Nações Unidas.
O embaixador francês para a ONU, atual presidente do conselho de
segurança, explicou “existir uma crise política na liderança do Movimento de
Libertação Popular do Sudão, uma crise política e um barril de pólvora que é a
questão étnica. A crise política pode desencadear uma guerra civil se não
resolvermos rapidamente a crise política através do diálogo”, sublinhou.
A comunidade internacional quer evitar um conflito semelhante aos
últimos que aconteceram no Ruanda e no Uganda.
Muitos países já começaram a retirar os respetivos cidadãos.
A ONU teme novos ataques às suas bases onde se encontram
dezenas de milhares de deslocados.
A violência na última semana terá provocado 500 mortos.
Os confrontos começaram quando o presidente Salva Kiir, de etnia
Dinka, acusou de tentativa de golpe de Estado o seu antigo vice-presidente,
Riek Machar, um Nuer.