quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

MOÇAMBIQUE: FRELIMO APRESENTA TRÊS CANDIDATOS ÀS PRESIDENCIAIS DE 2014

A Comissão Política da Frelimo propôs hoje o atual primeiro-ministro, Alberto Vaquina, o ministro da Agricultura, José Pacheco, e o ministro da Defesa, Filipe Nyusi, como pré-candidatos à sucessão de Armando Geubuza nas presidenciais de 2014.


De acordo com um comunicado enviado à imprensa pela Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, um dos três pré-candidatos será eleito pelo Comité Central do partido para concorrer às eleições presidenciais de 15 de outubro de 2014.

A nota de imprensa não avança a data da realização da sessão do Comité Central que vai escolher o concorrente da formação política no poder à chefia do Estado moçambicano.

Caso seja aprovado pelo Comité Central da Frelimo, um dos três nomes vai substituir o atual Presidente da República, Armando Guebuza, como candidato do partido às eleições presidenciais, uma vez que o atual chefe de Estado já não se pode candidatar a um novo mandato no cargo.

Armando Guebuza completa em 2014 o limite constitucional de dois mandatos consecutivos na Presidência da República, após ser eleito pela primeira, em 2004, e para um segundo mandato, em 2009.

Com a eleição de um dos três pré-candidatos às presidenciais, o partido terá pela primeira vez um candidato não originário do sul, uma vez que Alberto Vaquina e Filipe Nyusi são da região norte e José Pacheco é oriundo do centro do país.

A origem étnica e regional tem sido muito ventilada por vários círculos do partido no poder em Moçambique como um critério a ter em conta na escolha do próximo candidato da Frelimo às presidenciais, considerando que os três chefes de Estado que até ao momento dirigiram Moçambique são originários do sul, sendo dois oriundos da etnia Changana e um, o atual Presidente da República, originário da etnia ronga.

O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, terceiro maior partido moçambicano, já anunciou a sua candidatura às presidenciais de 2014.

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, ainda não se pronunciou sobre o escrutínio, que decorrerá em simultâneo com as legislativas, uma vez que rejeita a atual lei eleitoral, por a considerar favorável à Frelimo.