Um tribunal egípcio condenou esta segunda-feira à morte 14 líderes da Irmandade Muçulmana, entre eles o seu guia supremo, Mohamed Badie.
Catorze membros da Irmandade, declarada organização terrorista em 2013 pelas autoridades, foram acusados por um tribunal penal de «planearem o uso da força contra o Estado».
O tribunal de Gizé, a sudoeste do Cairo, presidido pelo juiz Mohamed Naji Shehata, decidiu submeter este julgamento ao grande mufti do Egito, conforme exigido por lei, segundo a agência de notícias oficial Mena.
A opinião desta autoridade religiosa é solicitada sempre que uma sentença de morte é pronunciada, mas não é obrigatória para a justiça. Badie já foi condenado à morte noutro julgamento por violência. Também foi condenado quatro vezes a prisão perpétua noutros julgamentos.
Além de Badie, muitos líderes da Irmandade Muçulmana estão atrás das grades. Entre eles contam-se o seu assessor, Khairat el-Shater, e o ex-presidente do Parlamento Saad al-Katatni.
Desde que o atual Presidente (e ex-chefe do exército), Abdel Fatah al-Sissi, depôs e prendeu o Presidente islamita Mohamed Morsi, a 3 de julho de 2013, as autoridades lançaram uma sangrenta repressão contra os seus seguidores, deixando pelo menos 1400 mortos.
O regime é acusado de instrumentalizar a justiça na sua repressão. Centenas de partidários de Morsi foram condenados à morte em julgamentos em massa, decorridos em poucos minutos, enquanto 15 mil outros foram presos. A 7 de março, o Egito enforcou pela primeira vez um partidário de Morsi, condenado por violência, em Alexandria, no norte do país. Fonte: Aqui