A Câmara Municipal de Bissau (CMB) decidiu encerrar esta sexta-feira, 12 de Junho, lojas comerciais abertas em edifícios, cuja construção não foram concluídas. A operação da edilidade de Bissau iniciou às 9 horas de manhã e contou com o apoio da Polícia da Ordem Pública.
As autoridades justificam a medida como forma de “reorganizar e disciplinar” a construção de edifícios em Bissau. Os centros comerciais mais afectados pela medida foram os que funcionam ao longo da Avenida de Combatente da Liberdade da Pátria, em particular aqueles que se encontram nas zonas de Chapa de Bissau e do mercado de Bandim.
Em declaração ao Jornal O Democrata, o presidente da Câmara Municipal de Bissau, Adriano Gomes Ferreira (Atchutchi) explicou que antes desta operação a sua instituição reunira em Dezembro último com proprietários das obras identificadas e teriam chegado a conclusão que as mesmas deveriam ser concluídas no prazo de seis meses.
“As lojas só voltam a ser reabertas mediante o pagamento de uma multa, num valor a determinar pelos serviços competentes, por parte dos proprietários. A câmara volta a dar mais seis meses para findar a obra, caso contrário serão tomadas medidas duras”, advertiu.
Reagindo à situação, o presidente de Associação dos Retalhistas da Guiné-Bissau, Aliu Seide, considera de humilhante e vergonhosa esta situação, uma vez que “não foram informados” pela câmara sobre a medida de encerramento das lojas comerciais.
Aliu Seide assegurou que a sua organização vai intentar uma ação judicial para exigir indemnização pelos prejuízos financeiros em consequência do encerramento das lojas dos seus associados.
Por:Tiano Badjana