«África é um continente muito maduro a todos os níveis: social, económico, direitos humanos, governação. Para além disso, segue crescendo como nunca o antes tinha feito». Esta é a opinião de Joseph Chilengi, presidente do Conselho Económico, Social e Cultural da União Africana. No passado dia 28 de maio visitou Valência, em Espanha, respondendo a um convite da ONG Global Network for Rights and Development para participar num encontro sobre direitos humanos em África, com especial atenção para a venda de menores na África Ocidental. O encontro abriu com a visualização do documentário «Não estou à venda» de Raúl de la Fuente, afirmou ao jornal espanhol El Pais.
«Em termos de desenvolvimento está no caminho certo», opina Chilengi. No que diz respeito aos direitos humanos, o continente também está «a dar grandes passos e a governação também mudou para melhor». Desta forma, sublinha o responsável, «o desenvolvimento, a governança, os direitos humanos, o meio-ambiente estão em franco desenvolvimento e tudo parece estar a equilibrar-se.
Na ótica do presidente, «é seguro dizer que África é um dos continentes que mais rapidamente cresce a nível económico em todo o mundo, com uma taxa entre 7 e 10% de crescimento anual»
Neste sentido, «África é muito mais cativante do que era anteriormente», conclui o responsável, embora sublinhe que há pela frente muitos desafios. O principal tem a ver com a capacidade dos líderes do continente garantirem as respostas justas a esses desafios para que não se convertam numa ameaça que coloque em perigo o atual caminho do crescimento. Para o presidente, isto é algo que preocupa e por isso «não se pode baixar a guarda, nem se pode esquecer que África faz parte da comunidade internacional».
Desta forma, «o grande desafio está em que quem administra o continente; devem ser os africanos e não outros países, como tem acontecido até aqui», e Chilengi assegura que «África está preparada para assumir o seu papel no panorama internacional como uma comunidade de países bem organizados».
O Conselho Económico, Social e Cultural é um órgão consultivo da União Africana estabelecido para dar voz à sociedade civil dentro da organização e fazer com que participem no processo de decisão.
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