O tricampeão africano de luta livre na categoria de 74 quilos, Augusto Midana é subestimado, desvalorizado e humilhado pelo Estado guineense. ‘Obrigado’ foi o “presente” que o maior atleta nacional de todos os tempos recebeu das autoridades da Guiné-Bissau ao longo dos dez anos ao serviço da pátria de Amílcar Cabral.
Com dezasseis (16) medalhas conquistadas em nome da Guiné-Bissau, das quais, dez (10) de Ouro, três (3) de Prata e três (3) de Bronze, Midana têm sido recompensados simplesmente por um ‘Obrigado’. Mais nada! Augusto merece respeito de todos, sobretudo do Estado! O jovem de Nhacra já deu provas na área que escolheu para ajudar erguer a Nação guineense ao contrário dos ditos políticos que ao longo dos quarenta e três (43) anos de independência só promoveram incompetência e inversão de valores.
Claro que não é estranho a um guineense atento, a situação miserável que Midana tem vindo a viver ao longo dos dez anos, em defesa de cores nacionais. A miséria de Midana, herói vivo, faz nos lembrar da forma como os combatentes da liberdade da Pátria foram menosprezados, da independência a esta data. A maioria deles, partilham as vidas entre o abandono e a humilhação. O sonho de um Estado independente e livre, voou longe e destino foi roubado e talvez sepultado em sítio até hoje desconhecido.
A tradição de revogar os verdadeiros combatentes guineenses para último plano mantém-se vivo e o tricampeão africano está sendo vítima desse mal que assola o país a mais de quatro décadas.
Um país cheio de paradoxos! Os políticos que nem de comer e beber garantem ao povo martirizado da Guiné-Bissau levam uma vida de luxo sem mérito. Todos os dias, na nossa pálida e falida praça, nós assistimos ao desfile de viaturas de alta gama por indivíduos identificados pela incompetência a custo do tesouro público.
Augusto Midana, até aqui melhor embaixador guineense pelo volume de êxitos que trouxe ao país, a viver numa penúria e humilhação, sem carro, sem dinheiro para nutrir a família. Um tricampeão a viver até hoje na sombra da sua já velha mãe! Incrível!
Cada atleta da selecção nacional de futebol ‘Os Djurtus’ ganha, em caso de vitória, cerca de dois milhões de francos CFA. Quando se trata de Augusto Midana, verdadeiro ‘Djurtu’, a recompensa resume-se numa palavra, “obrigado”. Para tratamento médico, o lendário africano da luta livre pede esmola. Tudo isso é só possível num país onde a perversão de valores tornou-se uma norma.
Como se pode entender que Midana recebe menos de quinhentos mil francos CFA quando participa nas competições internacionais? E quando regressa ao país é simplesmente deixado a sua sorte?
É inadmissível a situação de Augusto Midana que anda a atrás de cem 100.000 mil francos CFA para se tratar de uma lesão e até pensa em recorrer ao seu amigo senegalês, presidente do Comité Olímpico de Senegal para solicitar uma intervenção cirúrgica. Midana merece respeito e dignidade por parte do Estado guineense. Não é um favor, mas sim uma obrigação do Estado a este jovem que mais medalhas deu ao país! É a hora de pararmos de brincar com coisas sérias e valorizarmos os melhores. Este país nunca avançará enquanto não fizer a ruptura com a mediocridade.
A situação do Midana é uma vergonha para todos os guineenses sobretudo para os dirigentes.
Em verdadeiro “Djurtu’, Midana resistiu à tentação de trocar a nacionalidade protagonizada por vários países, nomeadamente França, Sudão e Tchad.
Já está na hora de assumirmos as nossas responsabilidades, começando do último cidadão guineense, seja onde estiver até ao número um da Nação guineense neste caso o Presidente da República. Deve-se reconhecer pessoas com mérito como Augusto Midana. É urgente inverter a lógica, valorizar os melhores filhos desta terra. Basta de mediocridade!
Por: Sene Camará
Com dezasseis (16) medalhas conquistadas em nome da Guiné-Bissau, das quais, dez (10) de Ouro, três (3) de Prata e três (3) de Bronze, Midana têm sido recompensados simplesmente por um ‘Obrigado’. Mais nada! Augusto merece respeito de todos, sobretudo do Estado! O jovem de Nhacra já deu provas na área que escolheu para ajudar erguer a Nação guineense ao contrário dos ditos políticos que ao longo dos quarenta e três (43) anos de independência só promoveram incompetência e inversão de valores.
Claro que não é estranho a um guineense atento, a situação miserável que Midana tem vindo a viver ao longo dos dez anos, em defesa de cores nacionais. A miséria de Midana, herói vivo, faz nos lembrar da forma como os combatentes da liberdade da Pátria foram menosprezados, da independência a esta data. A maioria deles, partilham as vidas entre o abandono e a humilhação. O sonho de um Estado independente e livre, voou longe e destino foi roubado e talvez sepultado em sítio até hoje desconhecido.
A tradição de revogar os verdadeiros combatentes guineenses para último plano mantém-se vivo e o tricampeão africano está sendo vítima desse mal que assola o país a mais de quatro décadas.
Um país cheio de paradoxos! Os políticos que nem de comer e beber garantem ao povo martirizado da Guiné-Bissau levam uma vida de luxo sem mérito. Todos os dias, na nossa pálida e falida praça, nós assistimos ao desfile de viaturas de alta gama por indivíduos identificados pela incompetência a custo do tesouro público.
Augusto Midana, até aqui melhor embaixador guineense pelo volume de êxitos que trouxe ao país, a viver numa penúria e humilhação, sem carro, sem dinheiro para nutrir a família. Um tricampeão a viver até hoje na sombra da sua já velha mãe! Incrível!
Cada atleta da selecção nacional de futebol ‘Os Djurtus’ ganha, em caso de vitória, cerca de dois milhões de francos CFA. Quando se trata de Augusto Midana, verdadeiro ‘Djurtu’, a recompensa resume-se numa palavra, “obrigado”. Para tratamento médico, o lendário africano da luta livre pede esmola. Tudo isso é só possível num país onde a perversão de valores tornou-se uma norma.
Como se pode entender que Midana recebe menos de quinhentos mil francos CFA quando participa nas competições internacionais? E quando regressa ao país é simplesmente deixado a sua sorte?
É inadmissível a situação de Augusto Midana que anda a atrás de cem 100.000 mil francos CFA para se tratar de uma lesão e até pensa em recorrer ao seu amigo senegalês, presidente do Comité Olímpico de Senegal para solicitar uma intervenção cirúrgica. Midana merece respeito e dignidade por parte do Estado guineense. Não é um favor, mas sim uma obrigação do Estado a este jovem que mais medalhas deu ao país! É a hora de pararmos de brincar com coisas sérias e valorizarmos os melhores. Este país nunca avançará enquanto não fizer a ruptura com a mediocridade.
A situação do Midana é uma vergonha para todos os guineenses sobretudo para os dirigentes.
Em verdadeiro “Djurtu’, Midana resistiu à tentação de trocar a nacionalidade protagonizada por vários países, nomeadamente França, Sudão e Tchad.
Já está na hora de assumirmos as nossas responsabilidades, começando do último cidadão guineense, seja onde estiver até ao número um da Nação guineense neste caso o Presidente da República. Deve-se reconhecer pessoas com mérito como Augusto Midana. É urgente inverter a lógica, valorizar os melhores filhos desta terra. Basta de mediocridade!
Por: Sene Camará