O Presidente da República iniciou as auscultações no âmbito do acordo para a saída da crise sob a égide da CEDEAO. José Mário Vaz recebeu ontem(05 Out) o primeiro-ministro Baciro Dja e o presidente do Parlamento Cipriano Cassamá, os dois responsáveis divergem sobre a figura do primeiro-minsitro.
Sem avançar com o nome, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassama disse que a proposta do Parlamento sobre a figura que irá chefiar o futuro Governo entregue ao Presidente da República, visa ajudar a resolver a crise.
"Acabei de entregar ao senhor Presidente da República a nossa reacção sobre o acordo, quem poderá dirigir este governo e com quem. Essa é a opinião da Assembleia para efectivamente desenvolver as acções que possam trazer a este país a calma e ao sossego."
O primeiro-ministro, Baciro Djá defende que o seu governo tem a maioria dos deputados, por isso, a constituição de qualquer governo deve respeitar a maioria e o acordo.
"Não pode haver outras interpretações que não sejam as que estão (...) plasmadas neste acordo assinados pelas partes. A perspectiva do PAIGC de que ele é que ganhou as eleições ele é que tem de chefiar o governo. Eu penso que de forma inequívoca de que este nosso governo tem uma maioria".
As consultas com os signatários do acordo, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental -CEDEAO- para saída a crise, levam hoje(06 Out) ao Palácio da República, o PAIGC e o PRS.
Terminadas as audiências, as partes do acordo vão-se deslocar a Conacri, sexta-feira, para o encontro de avaliação com o mediador da crise guineense, o Presidente Alfa Condé. Em Conacri está o Represente do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, Modibo Turé para tentar impulsionar a implementação do acordo assinado há 25 dias.
Fonte: RFI