quarta-feira, 21 de junho de 2017

ECONOMIA GUINEENSE CRESCE 5,1 POR CENTO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2017

O Ministro de Estado da Economia e Finanças, João Alage Mamadú Fadia, revelou hoje, 20 de junho 2017, que o país registou um crescimento económico na ordem de 5,1 por cento até o segundo trimestre deste ano e diz que a subida registada é aceitável, tendo em conta o contexto mundial.

João Alage Mamadú Fadia falava à imprensa no final da segunda reunião trimestral do ano 2017 do Conselho Nacional de Crédito (CNC) que preside, organizada pela Direção Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) na sua sede principal, em Bissau.

De acordo com o comunicado do CNC distribuído à imprensa, o crescimento económico para este ano (2017) foi fixado em 5,4 por cento contra 6,1 por cento inicialmente previsto, ressaltando que esta situação tem a ver com o atraso verificado no projeto de exploração das minas de fosfato de Farim.


Em 2016 a Guiné-Bissau registou um crescimento económico de 5,6 por cento [União Económica e Monetária da África Ocidental – UEMOA prevera 5,8%], contra os 4,8 por cento conseguido em 2015, impulsionado pela boa campanha de comercialização e exportação da castanha de caju.

No que tange à evolução dos preços, o CNC informou que a previsão da taxa de inflação, através do Índice Harmonizado dos Preços ao Consumidor (IHPC), fixou-se em 2,3 por cento para este ano (2017).

Na mesma reunião, os conselheiros que compõem o CNC, foram informados dos projetos do BCEAO para a melhoria do quadro do financiamento da economia dos países membros da UEMOA, sobretudo, os projetos de implementação de ‘Bureaux d’information du Crédit’ – BIC e o projeto de Financiamento das Pequenas e Médias Empresas, assim como Pequenas e Medias Indústrias (PME/PMI), na união.

O titular das finanças afirma que a campanha de comercialização da castanha de caju de 2017 fica registada como um recorde de todos os tempos, justificando que o produtor recebeu no mínimo quinhentos (500) francos CFA por quilograma da castanha de caju.

“Isto significa que quando falamos da teia do crescimento, ou seja, a riqueza produzida no período implica que os produtores que são a maior parte os camponeses do nosso país, beneficiaram de um rendimento que lhes permite melhorar suas condições de vida”, explica Fadia ao Jornal O Democrata.

Na visão do governante guineense, a situação Macroeconómica do país está de boa saúde, sublinhando que o Estado tem suas taxas habituais e lembra que uma missão de Fundo Monetário Internacional (FMI), esteve na Guiné-Bissau há três semanas, onde deu uma nota positiva ao desempenho do Ministério da Economia e Finanças, na avaliação dos técnicos da entidade bancária internacional.

O Conselho Nacional de Crédito é um órgão do BCEAO encarregue de analisar as situações económicas. Na reunião realizada hoje, foram analisados os dados de 2017 sobre a situação macroeconómica e financeira do país, indicadores de bancos comerciais e o processo da campanha de comercialização da castanha de caju.


Por: Sene Camará
Foto: SC