O Presidente tanzaniano, John Magufuli, defendeu que as estudantes que engravidam durante a frequência do ano lectivo, devem ser excluídas de prosseguir os seus estudos.
Mugufuli criticou com essa sua posição as críticas e as acções de organizações ocidentais que defendem o direito de acesso a escola de adolescentes em estado de gestação.
“Eu dou o dinheiro para que as alunas estudem gratuitamente. E após isso, elas engravidam e depois do parto voltam à escola. Não, não é no meu mandato”, exclamou o Chefe de Estado durante uma deslocação à Chalinze, localidade situada a cem quilómetros a oeste da capital económica do país, Dar-Es-Salaam.
No entanto, um relatório da ONG Human Rights Watch publicado a 16 de Junho corrente refere que os responsáveis das escolas da Tanzânia efectuam testes de gravidez, com vista a expulsar alunas em estado de gestação, privando-as do direito à educação.
Segundo Magufuli, se os tanzanianos escutarem as organizações ocidentais de defesa dos direitos humanos, “vai se chegar a altura que numa sala todas alunas têm bebés”.
“Nesse caso, o que se passará”?- questionou.
Sustentou que haverá casos em que o professor está a dar a sua aula, e todas as alunas saiam para amamentar os seus bebés. “Jamais acontecerá no meu mandato como Presidente do país”, enfatizou.
Sublinhou que se essas organizações não-governamentais amam verdadeiramente essas alunas em estado de gestação, devem abrir escolas especiais para mães. Defendendo que o seu Governo não vai aceitar isso.
Embora o Presidente Magufuli insista nessa questão, muitos membros do seu Executivo advogam publicamente o direito das adolescentes grávidas de prosseguir os seus estudos secundários, após a maternidade.
Diário de Moçambique, in https://noticias.mmo.co.mz