Deputada iraquiana revela como a comunidade Yazidi é torturada pelos terroristas. Uma menina de 10 anos foi violada até à morte e frente à família.
Vian Dakhil,a única deputada Yazidi no parlamento iraquiano, revelou numa emotiva entrevista os métodos de tortura a que a sua comunidade é sujeita pelos terroristas do Daesh.
Ao canal egípcio Extra News, Dakhil contou que uma mulher Yazidi foi feita escrava sexual do grupo terrorista e depois forçada a comer o próprio filho bebé.
"Uma das mulheres que conseguimos salvar contou que era violada diariamente pelo Daesh. Deixaram-na três dias numa cave sem comida ou água. Depois trouxeram-lhe um prato de arroz e carne, que ela comeu imediatamente por estar esfomeada. Quando acabou disseram-lhe ‘Matámos e cozinhámos o teu filho de um ano que tínhamos raptado. Foi isso que acabaste de comer’", contou a deputada, entre lágrimas.
O Daesh consideram que as pessoas de etnia Yazidi não são árabes nem muçulmanos dignos e são tratados como "fiéis diabo". Desde que está no ativo, o grupo ‘jihadista’ já matou milhares de Yazidis, raptaando várias mulheres e crianças que são usadas como escravas sexuais dos terroristas.
Escravas sexuais torturadas até à morte
Escravas sexuais torturadas até à morte
Vian Dakhil recordou ainda o caso de uma menina de 10 anos que foi violada até à morte em frente à família. "Falei com uma rapariga Yazidid que me contou que os terroristas a raptaram, juntamente com os pais e seis irmãs. Levaram-lhe a irmã mais nova, de apenas dez anos e violaram-na repetidamente em frente à família. Violaram-na até ela morrer. Uma menina que tinha apenas dez anos. Porquê? Porque é que estes selvagens nos fazem isto", questiona a deputada durante a entrevista, na qual o jornalista que a questionava também não conseguiu conter as lágrimas e chorou com a entrevistada.
Foi ainda discutido o caso de Lamiya Haji Bashar, uma adolescente que foi violada por mais de 40 terroristas do Daesh e espancada quando tentava fugir. A jovem era agredida e queimada pelos homens, que lhe diziam que lhe cortavam um pé ou a matavam para a impedir de escapar. "Disse-lhe que se me cortassem um pé eu fugia com o outro, que eu nunca ia desistir. E eles continuarama torturar-me", contou a jovem no Parlamento Europeu, onde pediu ajuda para os refugiados Yazidis.
Lamiya conseguiu fugir do cativeiro do Daesh juntamente com um grupo de outras raparigas.
Lamiya conseguiu fugir do cativeiro do Daesh juntamente com um grupo de outras raparigas.
Fonte: cm