LEIA NA ÍNTEGRA A ENTREVISTA EM FRANCÊS: IDRISS DÉBY ITNO, INVITÉ DE«INTERNATIONALES» (RFI-TV5-LE MONDE) - http://afriquemedia.tv
Paris, França (PANA) - O Presidente do Tchad, Idriss Deby Itno, revelou em entrevista divulgada domingo na imprensa francesa, que França o forçou para modificar a Constituição do seu país e manter-se no poder, embora já não se deseja representar novamente.
"Desejava terminar em 2006 depois do meu segundo mandato. Desejava ceder o poder. Mas a guerra eclodiu. Mercenários atacaram N´Djamena. Quando menos esperava, França interveio para mudar a Constituição", declarou o Presidente tchadiano à equipa de jornalista de TV5, RFI e ao jornal "Le Monde".
"Há um constitucionalista de que não conheço até o nome que veio aqui. Eu disse que não desejava mudar a Constituição, mas passaram por corredores e mudaram a Constituição", acrescentou.
Interrogado sobre se foi a França que lhe forçou a mão para ficar no poder, o Presidente Idriss Deby respondeu que "enquanto soldado, dei a minha palavra de deixar o poder em 2006 mas duas coisas ocorreram: a guerra e França".
Depois de 27 anos de poder e cinco mandatos mais tarde, o chefe de Estado tchadiano considerou diante dos jornalistas que "a longevidade no poder não é uma boa coisa", explicando no entanto porque se mantém no poder.
"A longevidade nestas funções não é uma boa coisa mas já não é preciso deixar o país numa desordem. Entre dois maus, é preciso escolher o mínimo. O dia em que o povo tchadiano vai dizer-me para sair, partirei", afirmou o chefe de Estado tchadiano.
Idriss Deby tomou o poder no Tchad em dezembro de 1990 depois de ter destituído Hissen Habré, tendo sido eleito Presidente da República em 1996 para o seu primeiro mandato e em maio de 2001 para um segundo e último, de acordo com as disposições da Constituição tchadiana da altura.
Em 2006, graças à sua maioria parlamentar no seio da Assembleia Nacional, Idriss Deby Itno fez suprimir a limitação dos mandatos fixados a dois, o que lhe permitiu ser reconduzido à frente do Tchad em 2006, 2011 e 2016 durante as eleições muitas vezes contestadas pela oposição.
Paris, França (PANA) - O Presidente do Tchad, Idriss Deby Itno, revelou em entrevista divulgada domingo na imprensa francesa, que França o forçou para modificar a Constituição do seu país e manter-se no poder, embora já não se deseja representar novamente.
"Desejava terminar em 2006 depois do meu segundo mandato. Desejava ceder o poder. Mas a guerra eclodiu. Mercenários atacaram N´Djamena. Quando menos esperava, França interveio para mudar a Constituição", declarou o Presidente tchadiano à equipa de jornalista de TV5, RFI e ao jornal "Le Monde".
"Há um constitucionalista de que não conheço até o nome que veio aqui. Eu disse que não desejava mudar a Constituição, mas passaram por corredores e mudaram a Constituição", acrescentou.
Interrogado sobre se foi a França que lhe forçou a mão para ficar no poder, o Presidente Idriss Deby respondeu que "enquanto soldado, dei a minha palavra de deixar o poder em 2006 mas duas coisas ocorreram: a guerra e França".
Depois de 27 anos de poder e cinco mandatos mais tarde, o chefe de Estado tchadiano considerou diante dos jornalistas que "a longevidade no poder não é uma boa coisa", explicando no entanto porque se mantém no poder.
"A longevidade nestas funções não é uma boa coisa mas já não é preciso deixar o país numa desordem. Entre dois maus, é preciso escolher o mínimo. O dia em que o povo tchadiano vai dizer-me para sair, partirei", afirmou o chefe de Estado tchadiano.
Idriss Deby tomou o poder no Tchad em dezembro de 1990 depois de ter destituído Hissen Habré, tendo sido eleito Presidente da República em 1996 para o seu primeiro mandato e em maio de 2001 para um segundo e último, de acordo com as disposições da Constituição tchadiana da altura.
Em 2006, graças à sua maioria parlamentar no seio da Assembleia Nacional, Idriss Deby Itno fez suprimir a limitação dos mandatos fixados a dois, o que lhe permitiu ser reconduzido à frente do Tchad em 2006, 2011 e 2016 durante as eleições muitas vezes contestadas pela oposição.