Radio Sol Mansi - O Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa (INEP) realizou, esta quinta-feira (22/06), em Bissau, o terceiro ciclo de conferências sobre o tema “uma abordagem histórica-sociológica da luta pelo poder na Guiné-Bissau”.
A actividade insere-se no quadro da primeira sessão do terceiro ciclo de colóquios onde diferentes personalidades debruçam sobre temas ligados ao desenvolvimento nacional.
Leopoldo Amado, Director-Geral do INEP, diz que a actual crise política no país não está apenas no acordo de Conacri mas sim para aquém do acordo internacional.
“O acordo de Conacri não deixa de ser importante mas é preciso ajustá-lo aos acontecimento a montantes e a jusantes desse processo da independência”.
Leopoldo adianta ainda que o propósito do debate visa perceber com as articulações, as interacções e as questões fundamentais para que possamos ter a estabilidade e como interagem, qual o estado actual.
Questionado se com os actuais políticos do país os problemas recorrentes poderiam ser resolvidos, Leopoldo Amado diz que, embora que o debate não pretende estabelecer ligações com a actual situação política, a instabilidade política na Guiné-Bissau é um fenómeno recorrente e um dado adquirido e os golpes de Estado, no passado, foram assunto consensual.
“A instabilidade nos nossos dias é um assunto permanente, portanto, temos razões de sobra para olharmos para o passado que condicional e determinam, efectivamente, esta estabilidade”, sustenta.
“ (…) Há mais vida para além desta crise. De certeza que para além desta crise teremos mais crises e é bom preparamo-nos e a única forma é percebermos, o ponto de vista da história e de recuos estratégicos que fazemos fazer em relação ao passado, que matrizes é que podem ajudar-nos a interpretar e a explicar melhor os aspectos projectados para a nossa contemporaneidade histórica e os quais não compreendemos e nem potencializamos em prol do desenvolvimento e que continua, por sinal, a influenciar negativamente o nosso dever”, enfatiza.
O INEP tem realizado colóquios que juntam diferentes personalidades nacionais e estrangeiras para falar dos principais obstáculos no desenvolvimento e no imperativo de reforma dos partidos políticos guineenses.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos