sexta-feira, 27 de abril de 2018

A CORAGEM DE CABRAL TEM QUE NASCER, SEM AQUELES QUE O MATARAM E SEM AQUELES QUE USAM O SEU POVO.A CORAGEM DE CABRAL TEM QUE NASCER, SEM AQUELES QUE O MATARAM E SEM AQUELES QUE USAM O SEU POVO.

Por: Gaio Martins Batista Gomes, via facebook

ESPERTEZA SALOIA...

. Para quê que serve a prorrogação da legislatura se esses mesmos deputados continuariam nas suas funções até a tomada de posse de outros deputados?

. Num eventual desentendimento entre os assinantes dos acordos, a prorrogação da legislatura não dará legitimidade ao PAIGC de reclamar a vitoria das eleições?

. Por intermédio de que instrumentos ( Constituição ou Acordos ) se irão reger?

. Se vão ser orientados pelos Acordos que violam a Constituição da República da Guiné-Bissau, para quê que serve a prorrogação da legislatura, se não irão respeitar a Constituição?

. Quem se atreve a solicitar ao Supremo Tribunal de Justiça a verificação da constitucionalidade da prorrogação da legislatura?

OS " MAUS " SEMPRE SE UNEM PARA TIRAR PROVEITO DA DESUNIÃO DOS " BONS ".
Para ser franco eu também acredito que somente uma verdadeira revolução popular colocaria um fim a este circo que o nosso Presidente da República nos colocou desnecessariamente... de igual modo que não acredito que esta população guineense seja capaz de tamanha audácia...

Aquela coragem que caracterizou o inicio da luta para a independência e que foi fundamental para que a data de 25 de Abril fosse memorável para os portugueses... agora não passa de uma imaginação, essa bravura morreu com Amilcar Cabral a 20 de Janeiro de 1973, essa determinação perdeu o seu foco através de umas balas cravadas no corpo de um guineense que não aceitava viver oprimido e sem escolher o seu próprio destino. É pena, é muita pena que essa característica já não pertença ao povo guineense.
É com muita pena que tenho que admitir isso.

O sistema está montado a soprar a favor da manutenção desse medo da mudança.

Da manutenção da sobrevivência do pedinte.

Do mudo

Da manutenção do enriquecimento rápido.

Do traidor da pátria.

Da manutenção do ilustre “ muntrus “.

Mas acima de tudo o sistema está montado para silenciar quem tente levar de forma séria a frase “ levanta, é hora da revolução”.

Ai, ai...! Coitado desse cidadão, prontamente seria acusado pelo sistema de incentivar a violência, mesmo que consiga escapar as rédeas da justiça, que funcionam para os “ Zés ” ninguéns, ficaria ancorado nas humilhações.
O grupinho de combatentes da fortuna se empenhariam em lhe transformar em coitado que todos estariam proibidos de lhe dar emprego.
Até chegar ao ponto, de o povo que ele tentou despertar sussurrar em bom som “ i pensa El ke na kumpo Guiné, nada ika odja “.

Se tornaria mais fácil saber dos seus “podres” do passado do que saber o apelido de Amilcar.
E se por infelicidade esse individuo chegar a falecer, a autopsia popular e do sistema diria que “ Borgonha ku matal “.

Estou descrente nesta tão “ necessária revolução popular “, pois não consigo imaginar esta juventude letrada que só sabe criar movimentos para manter os mesmos de sempre no poder, liderando uma batalha tão nobre.

Os maiores actos de coragem ocorrem aqui neste espaço virtual através de conjuntos de letras, que por vezes tenho a sensação que elas fazem melhor o papel de oposição do que qualquer outro partido legalmente instalado na Guiné-Bissau ou Movimentos de Jovens.

Por vezes tenho a sensação que as denuncias, criticas feitas neste espaço virtual desmoronaram muitas iniciativas desses políticos malfeitores, mas tem estado a funcionar como as aulas teóricas, falta as aulas praticas.

ONDE ESTÃO OS JOVENS PARA FAZER A PARTE PRÁTICA, com a qualidade, rigor, organização que os tempos de hoje exigem?


A coragem de Cabral tem que nascer, SEM AQUELES QUE O MATARAM E SEM AQUELES QUE USAM O SEU POVO.