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”Algumas coisas parecem impossíveis até que sejam realizadas.” Nelson Mandela
No passado dia 23 de Abril de 2018 fizemos história, pois celebramos a democracia no seu pleno, com o fim de uma Legislatura completa, sem interrupções, sem mortes, sem violência, sem golpe de estado, sem lágrimas daqueles que outrora sofreram e viveram sobressaltados, com noites longas e incertezas do dia seguinte.
Por outro lado, deveremos realçar que as liberdades, que foram conquistas democráticas pelo nosso povo, designadamente, as liberdades de expressão, de manifestação e de imprensa, devem ser preservadas e protegidas.
Todos devem poder exprimir-se livremente, exporem as suas opiniões, sem serem incomodados. O contraditório é saudável na justa medida em que discordar não significa insultar e pôr em causa a dignidade da pessoa com quem não concordamos – Contudo, a dignidade pessoal e institucional devem ser garantida e respeitada.
A Guiné-Bissau entrou numa nova era e por isso, hoje celebramos a vitória de todos os Guineenses.
Quero deixar uma palavra de apreço às mulheres e homens que integram as nossas forças de Defesa e Segurança, bem como a força da ECOMIB que têm trabalhado para garantir a paz em conjunto com todos os guineenses que se afastaram das crelas políticas. Ao longo destes quatro anos, houve muitas divergências políticas, e fizemos um grande exercício democrático em que cada um se posicionou de acordo com a sua visão, mas o importante é que devemos continuar sempre juntos e a trabalhar para a paz e estabilidade do nosso país.
País este, que nos viu nascer e que, a conquista da sua independência obriga-nos a revisitar algumas passagens da construção da nossa identidade enquanto Nação, com valorosos homens e mulheres que deram sangue e suor pela nossa pátria. Hoje a nossa conquista é feita de outra forma.
De 2014 até a presente data, todas as crianças que nasceram neste período, não tiveram e não terão memorias de tristezas no olhar dos seus pais e dos familiares sem se aperceberem o que se passa com uma estranha agitação inexplicável ou traumas de barulho dos tiros.
Durante o meu mandato, tenho dito com orgulho, basta de prisões arbitrarias, o povo vive pacificamente à margem das disputas partidárias, ninguém foi morto, preso ou torturado por razões políticas, não temos crianças órfãs ou viúvas por questões políticas.
Queiramos ou não o nosso país mudou nestes quatro anos e faço um apelo a todos os presentes e a população em geral para que continuemos a trabalhar juntos de modo a consolidar estes ganhos de hoje para um futuro melhor para todos.
Minhas Senhoras e Meus Senhoras
Caros Membros do Governo,
As vicissitudes da vida política nacional levaram a tomada de decisões difíceis, mas em Lomé, durante a última Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, os actores políticos Guineenses deram um sinal claro de que ainda queriam salvar esta legislatura e renovar a confiança e a esperança que os guineenses depositaram em nós, enquanto políticos e dirigentes deste país.
Alias, como tenho dito o Guineense quando quer faz, hoje temos um Primeiro-Ministro de consenso e um Governo de inclusão, renovo a minha esperança nesta nova equipa e peço igualmente aos guineenses que depositem a confiança na figura do atual Chefe do Governo Dr. Aristides Gomes, bem como toda a equipa governamental.
Juntos e unidos seremos mais fortes em prol do bem comum que é o nosso povo e estamos prontos para reconstruir o nosso país e reatar os laços que se quebraram ao longo destes últimos anos.
Temos a consciência de que não foi fácil esta aproximação das partes, talvez tenham havido algumas dificuldades na formação desta equipa governamental. Senhor Primeiro-Ministro esta de parabéns, como o senhor tem dito nas suas declarações, temos hoje uma equipa de futebol e para muitos pode não ser o governo que consideram ideal, mais foi o possível, emanada pelo espírito de irmandade.
Com o Primeiro-Ministro de consenso e governo de inclusão, demostramos ao mundo que somos capazes de respeitar os esforços de ajuda de vários intervenientes e aconselhamentos de amigos da Guiné-Bissau. Mais uma vez mulheres e homens guineenses demonstraram a sua maturidade colocando o interesse do país acima de qualquer ambição pessoal e honraram os seus compromissos e acordos assumidos.
Por isso, considero hoje um dia especial para a Guiné-Bissau e para os guineenses, os irmãos voltaram a dar as mãos e deixaram de lado as diferenças do passado “pa nô uni, pa nô mama’.
A prova disso é a presença, nesta sala, dos representantes da grande família política guineense, através dos seus respectivos Presidentes e em especial a representação dos partidos políticos com assento parlamentar nesta cerimónia da tomada de posse do Governo que conta com o apoio maioritário dos Partidos Políticos, dos Deputados da Nação, dos Lideres Religiosos, da Aliança das Organizações da Sociedade Civil, das Mulheres Facilitadoras do Dialogo, dos Parceiros de desenvolvimento, designadamente a Comunidade dos Estados da África Ocidental.
Estou convicto, que a nova equipa governamental, liderada pelo Senhor Primeiro-Ministro, Dr. Aristides Gomes, saberá gerir e conduzir a bom porto os destinos do país, com transparência e zelo pela coisa pública.
Devo lembrar ao Senhor Primeiro-Ministro e toda a equipa governamental, de que governar é pensar no bem-estar de todos, e este governo terá como principal missão a criação de condições para a realização das eleições legislativas, justas e transparentes que terá lugar à 18 de Novembro do corrente ano.
Senhor Primeiro-Ministro,
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
A confiança depositada neste Governo, deve ser encarada como uma missão de trabalho e de resultados concretos.
A governação é prestação de serviço público. Ser nomeado membro do Governo deve deixar de ser considerado um privilégio, ou um lugar de conforto e visibilidade, para ser encarrado com uma missão patriótica de servir o nosso povo e dar mais do que receber.
Senhor Primeiro-Ministro,
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
Dispõem de apenas 7 meses até a data das próximas eleições legislativas. Mas, apesar do escasso tempo disponível, ainda temos tempo para trabalharmos juntos com a missão e desafios imediatos e um calendário temporal que não para de contar, pois os dias passam rapidamente.
Mais do que tudo, este Governo tem de ser realista e concentrar toda a sua energia e recursos no trabalho afim de melhorar as condições de vida dos guineenses, ou seja:
Criar condições para a realização das eleições legislativas justas e transparentes;
No passado dia 23 de Abril de 2018 fizemos história, pois celebramos a democracia no seu pleno, com o fim de uma Legislatura completa, sem interrupções, sem mortes, sem violência, sem golpe de estado, sem lágrimas daqueles que outrora sofreram e viveram sobressaltados, com noites longas e incertezas do dia seguinte.
Por outro lado, deveremos realçar que as liberdades, que foram conquistas democráticas pelo nosso povo, designadamente, as liberdades de expressão, de manifestação e de imprensa, devem ser preservadas e protegidas.
Todos devem poder exprimir-se livremente, exporem as suas opiniões, sem serem incomodados. O contraditório é saudável na justa medida em que discordar não significa insultar e pôr em causa a dignidade da pessoa com quem não concordamos – Contudo, a dignidade pessoal e institucional devem ser garantida e respeitada.
A Guiné-Bissau entrou numa nova era e por isso, hoje celebramos a vitória de todos os Guineenses.
Quero deixar uma palavra de apreço às mulheres e homens que integram as nossas forças de Defesa e Segurança, bem como a força da ECOMIB que têm trabalhado para garantir a paz em conjunto com todos os guineenses que se afastaram das crelas políticas. Ao longo destes quatro anos, houve muitas divergências políticas, e fizemos um grande exercício democrático em que cada um se posicionou de acordo com a sua visão, mas o importante é que devemos continuar sempre juntos e a trabalhar para a paz e estabilidade do nosso país.
País este, que nos viu nascer e que, a conquista da sua independência obriga-nos a revisitar algumas passagens da construção da nossa identidade enquanto Nação, com valorosos homens e mulheres que deram sangue e suor pela nossa pátria. Hoje a nossa conquista é feita de outra forma.
De 2014 até a presente data, todas as crianças que nasceram neste período, não tiveram e não terão memorias de tristezas no olhar dos seus pais e dos familiares sem se aperceberem o que se passa com uma estranha agitação inexplicável ou traumas de barulho dos tiros.
Durante o meu mandato, tenho dito com orgulho, basta de prisões arbitrarias, o povo vive pacificamente à margem das disputas partidárias, ninguém foi morto, preso ou torturado por razões políticas, não temos crianças órfãs ou viúvas por questões políticas.
Queiramos ou não o nosso país mudou nestes quatro anos e faço um apelo a todos os presentes e a população em geral para que continuemos a trabalhar juntos de modo a consolidar estes ganhos de hoje para um futuro melhor para todos.
Minhas Senhoras e Meus Senhoras
Caros Membros do Governo,
As vicissitudes da vida política nacional levaram a tomada de decisões difíceis, mas em Lomé, durante a última Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, os actores políticos Guineenses deram um sinal claro de que ainda queriam salvar esta legislatura e renovar a confiança e a esperança que os guineenses depositaram em nós, enquanto políticos e dirigentes deste país.
Alias, como tenho dito o Guineense quando quer faz, hoje temos um Primeiro-Ministro de consenso e um Governo de inclusão, renovo a minha esperança nesta nova equipa e peço igualmente aos guineenses que depositem a confiança na figura do atual Chefe do Governo Dr. Aristides Gomes, bem como toda a equipa governamental.
Juntos e unidos seremos mais fortes em prol do bem comum que é o nosso povo e estamos prontos para reconstruir o nosso país e reatar os laços que se quebraram ao longo destes últimos anos.
Temos a consciência de que não foi fácil esta aproximação das partes, talvez tenham havido algumas dificuldades na formação desta equipa governamental. Senhor Primeiro-Ministro esta de parabéns, como o senhor tem dito nas suas declarações, temos hoje uma equipa de futebol e para muitos pode não ser o governo que consideram ideal, mais foi o possível, emanada pelo espírito de irmandade.
Com o Primeiro-Ministro de consenso e governo de inclusão, demostramos ao mundo que somos capazes de respeitar os esforços de ajuda de vários intervenientes e aconselhamentos de amigos da Guiné-Bissau. Mais uma vez mulheres e homens guineenses demonstraram a sua maturidade colocando o interesse do país acima de qualquer ambição pessoal e honraram os seus compromissos e acordos assumidos.
Por isso, considero hoje um dia especial para a Guiné-Bissau e para os guineenses, os irmãos voltaram a dar as mãos e deixaram de lado as diferenças do passado “pa nô uni, pa nô mama’.
A prova disso é a presença, nesta sala, dos representantes da grande família política guineense, através dos seus respectivos Presidentes e em especial a representação dos partidos políticos com assento parlamentar nesta cerimónia da tomada de posse do Governo que conta com o apoio maioritário dos Partidos Políticos, dos Deputados da Nação, dos Lideres Religiosos, da Aliança das Organizações da Sociedade Civil, das Mulheres Facilitadoras do Dialogo, dos Parceiros de desenvolvimento, designadamente a Comunidade dos Estados da África Ocidental.
Estou convicto, que a nova equipa governamental, liderada pelo Senhor Primeiro-Ministro, Dr. Aristides Gomes, saberá gerir e conduzir a bom porto os destinos do país, com transparência e zelo pela coisa pública.
Devo lembrar ao Senhor Primeiro-Ministro e toda a equipa governamental, de que governar é pensar no bem-estar de todos, e este governo terá como principal missão a criação de condições para a realização das eleições legislativas, justas e transparentes que terá lugar à 18 de Novembro do corrente ano.
Senhor Primeiro-Ministro,
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
A confiança depositada neste Governo, deve ser encarada como uma missão de trabalho e de resultados concretos.
A governação é prestação de serviço público. Ser nomeado membro do Governo deve deixar de ser considerado um privilégio, ou um lugar de conforto e visibilidade, para ser encarrado com uma missão patriótica de servir o nosso povo e dar mais do que receber.
Senhor Primeiro-Ministro,
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
Dispõem de apenas 7 meses até a data das próximas eleições legislativas. Mas, apesar do escasso tempo disponível, ainda temos tempo para trabalharmos juntos com a missão e desafios imediatos e um calendário temporal que não para de contar, pois os dias passam rapidamente.
Mais do que tudo, este Governo tem de ser realista e concentrar toda a sua energia e recursos no trabalho afim de melhorar as condições de vida dos guineenses, ou seja:
Criar condições para a realização das eleições legislativas justas e transparentes;
Garantir energia elétrica para todos;
Educação e Saúde para todos;
Trabalhar para o sucesso da campanha da castanha de cajú do corrente ano;
Arroz – comida na mesa para todas as famílias guineenses;
Devemos continuar a trabalhar sob os lemas "Mon-na-Lama", Dinheiro de Estado no Cofre de Estado e Terra Ranka, para que possamos implementar projectos prioritários com os nossos próprios recursos, tendo em vista a melhoria das condições de vida do nosso povo.
É importante manter o rigor, a disciplina e o estado saudável da nossa economia, de modo a preservar os ganhos conquistados na gestão das nossas finanças públicas. Enfim, dar continuidade do trabalho efectuado pelo anterior governo.
Senhores Membros do Governo
Distintos Convidados
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Para terminar, quero agradecer aos membros do governo cessante, bem como à todos os que serviram o país e ao nosso povo e por razões várias não puderam fazer parte deste governo.
Um especial agradecimento ao ex-Primeiro Ministro Eng.º Artur Silva um dos grandes quadros nacionais e com experiência politica comprovada, mas tendo em conta a conjuntura politica não conseguiu formar governo e apesar de todos os esforços realizados e de forma incansável fez de tudo que esteve ao seu alcance para melhor servir ao país. Por isso, em nome do povo guineense e em meu nome próprio o nosso muito obrigado.
Gostaria de agradecer a presença de todos nesta cerimónia de tomada de posse do novo Governo. E desejar ao Senhor Primeiro-Ministro Dr. Aristides Gomes e ao novo elenco governamental, muitos êxitos.
E deixo aqui expressa a minha total disponibilidade em utilizar a minha magistratura para apoiar o bom desempenho deste Executivo, em prol do desenvolvimento nacional e para benefício de todos os guineenses.
Não poderia terminar, sem antes deixar o reconhecimento de gratidão em nome do povo guineense e em meu nome próprio a todos quanto nos apoiaram durante esta crise político-institucional.
O nosso muito obrigado!
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e ao seu povo
Fonte: Jornalista, Braima Darame, via facebook
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DISCURSO DE PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU, ARISTIDES GOMES
[ As reservas dos recursos humanos que deveriam constituir a ossatura do Estado e suporte estrutural esta cada vez mais atingido pela politização exacerbada do clientelismo político. tal desmoronamento dos fundamentos do Estado moderno atinge proporções alarmantes.
A prática política torna-se cada vez mais uma luta do quotidiano para o acesso de indivíduos à postos que dão acesso imediato à bens materiais para fins de satisfação pessoal ou de grupos. Esse cenário desenrola-se num contexto em que as regras são muito pouco codificadas sob forma de leis e regulamentos . Com efeito, o Estado da Guiné-Bissau está cada vez mais carente na dimensão ligada aos seus dispositivos de "regulação"].
DISCURSO DE PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU, ARISTIDES GOMES
[ As reservas dos recursos humanos que deveriam constituir a ossatura do Estado e suporte estrutural esta cada vez mais atingido pela politização exacerbada do clientelismo político. tal desmoronamento dos fundamentos do Estado moderno atinge proporções alarmantes.
A prática política torna-se cada vez mais uma luta do quotidiano para o acesso de indivíduos à postos que dão acesso imediato à bens materiais para fins de satisfação pessoal ou de grupos. Esse cenário desenrola-se num contexto em que as regras são muito pouco codificadas sob forma de leis e regulamentos . Com efeito, o Estado da Guiné-Bissau está cada vez mais carente na dimensão ligada aos seus dispositivos de "regulação"].
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