quinta-feira, 7 de junho de 2018

PROPRIETÁRIOS DAS CASAS NO PERÍMETRO DO AEROPORTO DE BISSAU AMEAÇAM ENTRAR COM AÇÃO NA JUSTIÇA CONTRA ESTADO

Os proprietários das casas construídas no perímetro do aeroporto internacional “Osvaldo Vieira”, em Bissau, ameaçam entrar com previdência cautelar contra a autoridade aeroportuária da Guiné-Bissau, caso não for cumprido o processo da expropriação pelo governo, antes de mandar demolir as cinco casas em causa.

A garantia foi dada esta terça-feira (05.06), pelo advogado dos proprietários das obras em causa, numa conferência de imprensa, com objectivo de tornar público a posição dos seus clientes sobre a intenção da entidade que gere o espaço aéreo.

Para Basílio Sanca, não há nenhuma intenção dos proprietários das casas em opor a decisão do Estado de demolir as obras que estão a dificultar a navegação aérea, mas é fundamental que haja um processo para o efeito.
“Havendo necessidade do Estado por razões de interesses públicos, há um processo e esse processo tem que ser respeitado, porque o Estado respeita os cidadãos quando atua na base da lei. Nós neste momento não temos nenhuma intenção da nossa parte de opor a pretensão do Estado, mas o que nós estamos a exigir é que haja um processo de expropriação pela autoridade aeroportuária”, explicou Sanca.

Em Março passado, o Conselho da Administração da Aviação Civil do país, revela que estas obras, para além do perigo que põem ao sistema da navegação área Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira”, estão a comprometer também muitos voos internacional que sobrevoa o espaço área da Guiné-Bissau.

Embora reconhece o perigo que estas casas apresentam, Sanca alerta ao Estado guineense, nomeadamente o executivo que no processo como esta, deve pautar por um diálogo com os cidadãos em causa.

“Num processo como este o Estado deve estabelecer diálogo com os cidadãos. Apenas isso que estamos a pedir, nós não estamos contra, porque a um projeto, a interesse publico e a um perigo para aviação civil do país, mas o processo deve ser devidamente organizado”, referiu Sanca.

Segundo um documento divulgado em Março pela Agência para a Segurança Aérea em África e em Madagáscar (ASECNA), indica que a agência da aviação civil vai demolir estas casas, porque se não, o Aeroporto vai ser encerrado devido a esta situação.

As construções situam-se na zona da Ponta Rocha, enfiamento contíguo à pista do único aeroporto internacional da Guiné-Bissau.

Numa recente declaração a imprensa, o representante da ASECNA na Guiné-Bissau, Marcos Galina Correia, mostrou-se preocupado com a situação, tendo a considerado comprometedora para o aeroporto, mas alertou que é fundamental respeitar áreas protegidas por decreto dos servidores aeronáuticos.

Por: Alison Cabral, http://www.radiojovem.info