Um novo centro de formação abre hoje em Bissau para atacar a desnutrição crónica, problema que afeta quase um terço das crianças até aos cinco anos na Guiné-Bissau, anunciou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
No prazo de um ano, o centro deverá formar cerca de 130 agentes de saúde comunitária, médicos e enfermeiros que vão pôr em prática o protocolo de Gestão Integrada de Desnutrição Aguda.
O objetivo é tratar quase todas as crianças admitidas nos centros de recuperação nutricional das áreas sanitárias de Cumura, Prabis (ambas perto da capital), Oio, Bafatá (que ficam no centro do país) e Gabú (no leste).
Apesar de dispor de uma terra fértil, a dieta alimentar da população guineense está centrada no arroz, uma tradição com profundas raízes culturais que origina carência de vários tipos de nutrientes, com consequentes problemas de saúde.
O centro que é hoje inaugurado é uma iniciativa da UNICEF e do Ministério da Saúde da Guiné-Bissau e vai funcionar no Hospital de Cumura.
Aquela unidade "irá beneficiar de infraestruturas adequadas para o atendimento e tratamento dos casos da desnutrição, de acordo com o Novo Protocolo de Gestão Integrada de Desnutrição Aguda (GIDA)", destaca a UNICEF.
Segundo o relatório SMART 2012 (segundo inquérito nacional sobre o estado nutricional), a prevalência de desnutrição crónica em crianças com menos de cinco anos é de 27,4% e a desnutrição aguda atinge 6,5% da mesma faixa etária.