segunda-feira, 27 de abril de 2015

GUINÉ-BISSAU: TAXA DE PARTICIPAÇÃO LABORAL FEMININA SUPERIOR À MÉDIA REGIONAL

Bandeira da Guiné-BissauLondres - A taxa de participação laboral das mulheres da Guiné-Bissau aumentou de 60% em 1990 para 68,2% em 2013, superando a média da região sub-sahariana, segundo um relatório da ONU divulgado nesta segunda-feira.
 
Este indicador, que inclui não só os empregados e mas também os desempregados disponíveis e activamente à procura de trabalho, pretende demonstrar oportunidades ou dificuldades do acesso das mulheres ao mercado de trabalho.
 
A evolução registada acompanha a tendência na generalidade da África sub-sahariana, onde a média das mulheres com participação laboral aumentou de 58,9% em 1990 para 63,6% em 2013.
 
Pelo contrário, embora a participação laboral dos homens guineenses se tenha mantido nos 78% no mesmo período, ainda reflecte um domínio masculino naquela sociedade.
Estes dados fazem parte do relatório "Progresso das Mulheres do Mundo 2015: Transformar Economias, Realizar Desejos", produzido pela ONU Mulheres, a organização dentro das Nações Unidas dedicada à igualdade e emancipação das mulheres, foi lançado nesta segunda-feira em várias cidades do mundo, incluindo Londres.
 
O documento é publicado numa altura em que a comunidade internacional discute a agenda do desenvolvimento para o pós-2015 e coincide com o 20º aniversário da comemoração da 4ª Conferência Mundial sobre Mulheres, em Pequim, que determinou uma agenda para melhorar a igualdade entre géneros.
 
Desde 1995, reconhece, existiu progresso, nomeadamente num maior acesso de mulheres ao ensino, à participação política e posições de liderança e também a maior protecção jurídica contra violência e a discriminação laboral, económica e social.
 
Porém, referem os autores, as mulheres continuam em trabalhos pouco qualificados e baixos salários e muitas vezes sem acesso a cuidados de saúde, água potável ou saneamento básico.
 
O relatório determina 10 prioridades para a acção pública, começando por reivindicar mais e melhores empregos para mulheres, a redução da disparidade profissional e salarial entre homens e mulheres, o fortalecimento da segurança económica das mulheres ao longo da vida, a redução e redistribuição do trabalho doméstico e o investimento em serviços sociais com consciência das questões de género. Fonte: Aqui