O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mário Lopes Rosa, alertou esta quinta-feira para a necessidade de se trabalhar intensamente contra a pobreza e as alterações climáticas em todo o mundo, num discurso na Conferência Ásia-África, em Jacarta.
O chefe da diplomacia guineense considerou que são necessários trabalhos «intensos» para «erradicar a pobreza e também os problemas de alterações climáticas», uma situação que afeta todo o mundo.
Num discurso proferido em francês, o governante manifestou o apoio do país aos três documentos que os líderes dos 105 países asiáticos e africanos presentes na cimeira devem aprovar ainda esta quinta, afirmando que são importantes para os dois continentes e que «vão ter um impacto no mundo».
Em cima da mesa estão a Mensagem de Bandung, a Declaração de Revitalização da Parceria Estratégica Ásia-África e a Declaração para a Palestina, documentos que ainda não foram disponibilizados à imprensa.
Entre as ideias propostas, figuram a criação de um Centro Ásia-África para abordar problemas partilhados pelas duas regiões, a defesa de alterações em algumas organizações internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e o apoio à independência da Palestina, segundo alguns governantes que participam no evento.
Mário Lopes Rosa considerou que «é tempo de as organizações internacionais verem a realidade» e de as Nações Unidas fazerem «uma mudança».
O chefe da diplomacia guineense elogiou o princípio da realização da Conferência Ásia-África de 1955, cujo 60.º aniversário é assinado esta semana na Indonésia, a par do 10.º aniversário da Nova Parceria Estratégica Ásia-África.
«O nosso movimento é baseado na prosperidade e na solidariedade entre muitas nações», destacou, lembrando que a Guiné-Bissau só viu a sua independência reconhecida depois do evento de 1955, em concreto em 1974.
Há 60 anos, num encontro na cidade indonésia de Bandung, líderes dos dois continentes lutavam contra a opressão colonial e o domínio das principais potências mundiais e defendiam a independência, a paz e a prosperidade económica nas duas regiões.
Além dos países presentes, participam nas comemorações desta semana representações de 15 nações na qualidade de observadores e de 17 organizações internacionais. Fonte: Aqui