Sinceramente, não entendo esta desligada LGDH. Ela parece funcionar com dois pesos e duas medidas. Em certos casos, actua com prontidão, mas, em outros, como, por exemplo, a detenção abusiva ou sequestro do Doka Internacional, ai, ela argumentava, através de um representante seu que não se deu entrada nos seus escritórios de nenhuma denúncia ou queixa de familiares.
Há, pois, um caso de "casamento forçado" no sul da nossa terra, envolvendo uma menor de 17 anos de idade, que a LGDH se prontificou a denunciar, acusando os agentes judiciais daquela província de violarem as leis do país "quando protegem os prevaricadores em vez de as vítimas". Tudo porque o caso envolve a decisão do Tribunal Provincial de Buba que mandou deter - há quatro meses - um cidadão estrangeiro, que a LGDH considera, sem culpa formada. A LGDH, de peito feito, acusa, também, o magistrado do Ministério Público junto ao mesmo Tribunal, de ter ordenado que a tal menor fosse dada em casamento a quem ela não quis. E ainda comentou que o esposo seria um indivíduo já com idade avançada.
Então? Sem analisar a presteza da LGDH em socorrer o cidadão estrangeiro detido, até se pode medir o tamanho do cinismo das suas palavras. A LGDH sempre fingiu desconhecer-se dos "usos e costumes" das nossas sociedades, ou o facto de que há "leis" sociais que não precisam necessariamente estar num papel ou serem promulgadas. Ela tem tomado esta postura, sobretudo, quando os seus interesses estão em jogo. E apenas se desperta em casos que envolvem estrangeiros e sempre se posicionou como se de uma entidade "missionária" e fundamentalista se tratasse, contra os "usos e costumes" nacionais, que até mal sabe decifrar. Quem sabe se - nas sua mentes de pregação - o "direito costumeiro" na nossa terra, não passa de matérias de natureza satânica?
Aia ééé...
Aia óóó...
Amigus ka bali...
Mindjeris garandis fala kuma...
Baka ku ka ten rabu Deus ku ta banal...