quarta-feira, 29 de abril de 2015

PRESIDENTES GANENSE E MARFINENSE NO TOGO DEVIDO A BLOQUEIO DOS RESULTADOS ELEITORAIS

O Presidente ganense e presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), John Dramani Mahama, e o Presidente marfinense, Alassane Ouattara, chegaram esta terça-feira a Lomé, antes do anúncio dos resultados definitivos das eleições presidenciais no Togo, que decorreram a 25 de abril. A proclamação dos resultados ainda não foi feita devido a acusações de fraude e ligadas à autenticação dos boletins na urna, sobretudo na região setentrional do país.
 
Os Presidentes Mahama e Ouattara deverão manter reuniões com os cinco candidatos às presidenciais. A visita dos dois chefes de Estado enquadra-se numa missão da CEDEAO para acompanhar o processo eleitoral no Togo. O presidente em exercício da CEDEAO esteve em Lomé a 24 de março para propor um adiamento de dez dias do escrutínio, anteriormente previsto para 15 de abril, depois de problemas com o ficheiro eleitoral.
 
A 20 de abril, o Presidente Mahama regressou a Lomé, onde se reuniu com os candidatos em plena campanha eleitoral e discutiu com eles os problemas levantados, que abrangem a autenticação dos boletins de voto, os procedimentos de transmissão dos resultados e a segurança da votação antecipada dos antigos combatentes do Exército. O Presidente Mahama informou igualmente a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) de que esta deveria comunicar todos os problemas, com vista a assegurar aos candidatos e aos eleitores um escrutínio transparente e resultados aceites por todos. Por seu lado, o Presidente Ouattara esteve no Togo em 2013, nas vésperas das eleições legislativas, e convenceu os partidos políticos da oposição a participarem, depois das premissas impostas relativamente às reformas políticas antes de qualquer eleição.
 
UE exige uso de vias legais para eventual contestação de resultados
 
A União Europeia felicitou o desenrolar pacífico destas presidenciais, e apelou aos atores políticos togoleses para utilizarem «as vias legais apropriadas» para contestação eventual dos resultados do escrutínio. Segundo a UE, «é importante que todos os atores se conformem com os resultados das eleições, enquanto expressão da vontade dos eleitores, e qualquer contestação eventual dos resultados deverá ser resolvida pacificamente, pelas vias legais apropriadas». Convida ainda «todos os atores a continuarem a trabalhar para que o processo eleitoral prossiga com calma e transparência». A UE afirma que «em concertação» com as autoridades togolesas «enviou para o Togo uma missão de perícia eleitoral, que permanecerá no local até à conclusão do processo». Fonte: Aqui

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