quarta-feira, 18 de maio de 2016

A IMAGEM DE VIOLÊNCIA QUE ESTÁ A REVOLTAR O MUNDO



Alerta: a imagem pode ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis.


Um homem morreu em Nairobi após carga policial. Vídeos e fotos do momento foram divulgadas nas redes sociais

O Quénia ficou em choque e o mundo acompanhou na onda de indignação logo que a imagem começou a ser divulgada nas redes sociais: um agente da polícia queniana parece pontapear um indivíduo que está caído no chão. Tratar-se-á de um manifestante que participava nos protestos de segunda-feira em Nairobi, capital do Quénia, contra as autoridades eleitorais, e que segundo denunciou a Comissão de Direitos Humanos do Quénia (KNCHR, na sigla em inglês) morreu na sequência das agressões.

Kaqwiria Mbogori, diretora da comissão, confirmou em conferência de imprensa a morte do indivíduo, cuja violenta agressão policial, a cargo de vários agentes, foi amplamente divulgada nos media e nas redes sociais. A polícia queniana não quis pronunciar-se sobre o caso. A imprensa local, no entanto, diverge nos relatos: alguns meios garantem que o homem se manifestava nas ruas, outros adiantam que passava apenas no local e se viu envolvido inadvertidamente, apanhado na carga policial.

"A comissão está consternada com as cenas sangrentas vividas em Kisumu, Nairobi, Kisii e Machakos, onde manifestantes que já tinham sido imobilizados foram vítimas de uma violência espantosa da polícia", disse Mbogori, assinalando que as ações "constituem sérias violações dos direitos humanos, da Constituição e do Estado de Direito".

A KNCHR qualificou como tortura a força utilizada pela polícia para reprimir os protestos organizados em várias cidades do Quénia pela principal formação da oposição, a Coligação para a Reforma e a Democracia (CORD), contra os responsáveis da Comissão Eleitoral, cuja demissão exige. A oposição acusa a Comissão Eleitoral Independente (IEBC, na sigla em inglês) de já ter organizado com o governo a manipulação das presidenciais de 2017. À CORD, Mbogori pediu que defenda os seus interesses "no âmbito do Estado de Direito", adiantando que a oposição não realizou qualquer iniciativa junto de qualquer órgão público ou tribunal para exigir responsabilidades à comissão eleitoral. Fonte: Aqui