Radio Sol Mansi, 12 Out 2016 - Celebra-se, esta quarta-feira, 42 anos do dia Nacional da Justiça na Guiné-Bissau. O evento decorre sob o lema “ A Justiça Garante Equilíbrio, Desenvolvimento e Paz Social”. O acto iniciou com o içar da bandeira e deposição da coroa de flores no Busto de Amílcar Cabral frente ao cais de Pindjiguiti
O dia nacional da justiça assinala a data em que a Guiné-Bissau assumiu soberanamente a sua própria justiça. Este dia serve de reflexão sobre a importância da justiça para os esforços destinados a construir um mundo mais estável, equitativo e seguro.
Durante a comemoração desta data, o ministro da justiça guineense, Luís Olundo Mendes, chama a responsabilidade de cada profissional da justiça sendo “obreiros da justiça dos Homens” para poder evitar os erros cometidos no passado.
“Que tudo o que passou ao longo destes anos sirva de bons exemplos para o enriquecimento da nossa personalidade enquanto servidores públicos da justiça. Não devemos olhar para trás a não ser para reflectir nos nossos erros do passado”, aconselha o titular da pasta da justiça que demostra confiante que “de hoje para frente os erros serão evitados”.
O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Sanhá, afirma que os judiciários guineenses vivem de crise idêntica de os outros países e interessa mais do que isso agir na busca de soluções que possam ser encontradas para minimizar os efeitos danosos que a materialização da justiça tem estado a produzir junto dos cidadãos.
“Ao ministro pedimos a criação de condições para o bom funcionamento dos tribunais, não obstante estarmos conscientes das dificuldades que enfrenta”.
Sobre este dia o analista da Rádio Sol, Mansi Edmar Nhaga, considera ainda que a justiça guineense está a quem da expectativa devido a própria conjuntura do país.
“A justiça guineense é custosa e lenta. Ela (a justiça) só é feita aos que mais têm força ou poder económico”, lamenta.
A Guiné-Bissau passou de Justiça de Estado colonial ao Estado guineense desde 12 de Outubro de 1974.