segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

SENEGAL/TERRORISMO: DAKAR E PARIS DEFENDEM REFORÇO DOS EXÉRCITOS AFRICANOS

Resultado de imagem para macky sallDakar - O Presidente do Senegal, Macky Sall e o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, defenderam segunda-feira, em Dakar, a necessidade de equipar os Exércitos africanos com meios de forças de paz para enfrentar a ameaça terrorista.

Falando na abertura do fórum de Dakar sobre a paz e a segurança, em África, o Presidente Macky Sall, afirmou que a maioria dos Exércitos dos países africanos não estão bem preparados.

Sustentam que essa situação deve-se ao facto de o  continente ter conhecido uma sequência de ajustamentos estruturais que proibiam todo equipamento militar.

"Hoje, os Estados devem envidar internamente esforços para equipar os Exércitos, formar e treinar homens”, disse.

Sublinhou que contrariamente ao que se pensa, os terroristas são bem organizados, dispõem de meios entre rudimentares e sofisticados para levar a cabo as suas acções.

Para Macky Sall, nos últimos tempos os Exércitos de países  africanos têm estado engajados nas operações da ONU, da União africana ou das organizações regionais.

"Em muitos casos, sabemos que a manutenção da paz no sentido clássico histórico tornou-se inviável, tendo em conta o pesado balanço que afecta as operações”, notou o Presidente senegalês.

Disse  que o teatro operacional do Mali corre o risco de se tornar o mais mortífero na história de manutenção da paz.

Com mais de 70 capacetes azuis em acção desde o seu desdobramento em Julho de 2013, a Missão da ONU no Mali (MINUSMA) é a operação de manutenção da paz da ONU mais cara em vidas humanas, desde a Somália de 1993-1995.

O Presidente Macky Sall insistiu no facto de a África precisar da ajuda dos seus parceiros, felicitando a

cooperação da União Eropeia na matéria.

Por seu lado, o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, insistiu sobre a “urgência de ver as operações de manutenção da paz se dotar de uma doutrina mais robusta, para fazer face às novas situações de segurança”.

Considerou que o apoio às Forças Armadas Africanas exige formação e equipamento.

Para o efeito, desejou que a UE acelere, até à cimeira EU/África prevista para fim de 2017, em Abidjan (Côte

d’Ivoire), o apoio em armas não letais às Forças Armadas Africanas como tinha sido decidido, em 2014.

Fonte: Aqui