A autoridade aeroportuária da Guiné-Bissau vai mandar demolir cinco casas construídas no perímetro do aeroporto internacional de Bissau por dificultarem a navegação aérea, disse hoje um membro da entidade que gere o espaço aéreo guineense.
Nelson Moreira, responsável da Agência de Segurança da Navegação Aérea em África e Madagáscar (Asecna), indicou que os donos daquelas construções foram avisados do perigo que as casas representam para a comunicação dos aviões com os instrumentos de apoio à navegação em terra, mas mesmo assim decidiram construir.
«É um problema muito sério», afirmou Nelson Moreira.
As construções situam-se na zona da Ponta Rocha, enfiamento contiguo à pista do único aeroporto internacional da Guiné-Bissau.
Guerra Djatá, técnico aeronáutico, explicou que vários aparelhos de apoio à navegação aérea «encontram-se tapados» pelas construções o que, disse, dificulta as comunicações com as aeronaves.
«Qualquer dia o avião pode calcular mal a zona do poiso e isso pode ser um problema para o país», notou Djatá.
Desde 2015 que a Asecna tem vindo a avisar os proprietários das cinco casas sobre os perigos que as suas construções representam e agora, adiantou Nelson Moreira, dentro de 15 dias, vai anunciar a data exata das demolições.
«Nós não podemos permitir que o aeroporto venha a ser fechado por causa de meia dúzia de casas», disse ainda Moreira, sublinhando que os proprietários não terão direito a nenhuma indemnização por terem construído de forma ilegal.
O Ministério das Obras Públicas mandou parar as construções, mas os proprietários decidiram não acatar a ordem, observou Nelson Moreira.
A TAP e a EuroAtlantic voam regularmente para o aeroporto Osvaldo Vieira de Bissau.
Fonte: Lusa em, http://www.abola.pt