O Presidente da República, José Mário Vaz, confirmou na noite do sábado, 14 de abril 2018, a escolha da figura de Aristides Gomes para o cargo do Primeiro-ministro, tendo anunciado, no entanto, a exoneração de António Augusto Artur Silva atual Primeiro-ministro.
Chefe do Estado guineense falava aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, depois de regresso à Cimeira dos Chefes de Estado e do Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada em Lomé, capital do Togo.
José Mário Vaz explicou à imprensa que o Partido da Renovação Social (PRS) a pedido do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo- Verde (PAIGC) apresentou três nomes que foram submetidos a apreciação dos libertadores e através da qual escolheu-se Aristides Gomes, como a figura do consenso aceite por todas as partes envolvidas no processo.
“Os três nomes que foram apresentados na Cimeira, tratavam-se de Artur Silva, actual Primeiro-ministro, Martinho N’Dafa Cabi, ex-Primeiro-Ministro e Aristides Gomes, também ex-primeiro-ministro. Dos três nomes, o PAIGC decidiu escolher Aristides Gomes, como o nome do consenso. Podemos dizer agora que o próximo primeiro-ministro do consenso será Aristides Gomes, a quem compete formar também um governo de consenso”.
O Presidente da República realçou na sua declaração três compromissos que considera de importantes, nomeadamente, data da nomeação do novo Primeiro-ministro, data de abertura da Assembleia Nacional Popular e a fixação da data de eleição legislativa durante o ano em curso.
“Gostaria de agradecer todo o trabalho feito por Artur Silva, a vida é assim! Eu terei que assumir a minha responsabilidade, porque as pessoas só acreditarão quando começarmos realmente a pôr em prática todos os compromissos assumidos em Lomé”, espelhou para de seguida avançar que na próxima segunda-feira, vai reunir com o actual Primeiro-ministro para o informar da decisão tomada em Lomé, depois exonerá-lo através do decreto presidencial.
Vaz promete realizar a auscultação logo nesta segunda-feira, nomear o novo primeiro-ministro do consenso. Acrescentou neste particular que no mesmo dia produzirá outro decreto presidencial para a marcação da data de eleição legislativa.
“A parte que compete ao Presidente da República fica assim concluida, resta abertura da Assembleia Nacional Popular. Como é do vosso conhecimento não é da competência do Presidente da República, mas sim do presidente da Assembleia Nacional Popular”, observou o Chefe do Estado guineense, que entretanto, lembrou que no momento da leitura do comunicado final, todas as partes estiveram presentes na sala de reunião”, contou.
Aproveitou a ocasião para agradecer a todos aqueles que contribuíram na busca do consenso alcançado.
“Temos que ultrapassar todos os problemas que tivemos aqui. Quero agradecer todas as personalidades que directa e indirectamente se envolveram no processo, sobretudo na pessoa do Bispo de Bissau. Pensamos que hoje conseguimos virar a página da história da nossa terra”, afirmou.
Por: Assana Sambú