Genebra, - O director
sub-regional da OMS para África, Luís Sambo, inaugurou nesta sexta-feira um
centro de coordenação para o combate a epidemia do vírus Ébola na capital da
Guiné Conakry, que abrangerá a Libéria e Serra Leoa.
"O Centro vai permitir
o monitoramento em tempo real das actividades para combater a epidemia, numa
colaboração com as comissões nacionais e equipas implantadas no terreno",
disse Luís Sambo, citado num comunicado divulgado nesta sexta-feira pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
A criação do centro
foi solicitada por ministros da Saúde de 11 países africanos numa reunião de
emergência convocada pela OMS em Accra, Ghana, nos dias 02 e 03 de Julho,
visando fazer face à doença que, desde a eclosão, já causou pelo menos 660
mortes, tendo sido notificados 1100 casos.
Entre os dias 18 e 20 de
Julho a epidemia matou 28 pessoas (13 na Serra Leoa, 11 na Libéria, e quatro na
Guiné Conakry), segundo indica o mais recente balanço hoje divulgado.
Este vírus da família dos
filovíruos é transmitido pelo contacto directo com o sangue, fluídos corporais,
tecidos humanos ou animais infectados.
Não há vacina contra a febre
causada pelo Ébola, que se manifesta por hemorragias, vómitos e diarreias.
Segundo a nota, além da OMS,
também vão trabalhar no centro as autoridades de saúde dos três países da
África Ocidental, a organização Médicos Sem Fronteira, Cruz Vermelha, o Centro
para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e a Rede Mundial
de Alerta e de Resposta a Surtos de Doença.
"A grande extensão
geográfica do surto exige enorme e robusta capacidade de resposta e estruturas.
Como este é o primeiro grande surto do Ébola na África Ocidental, os países
afectados têm de ampliar seus sistemas de preparação e resposta às
epidemias", justifica a OMS. Fonte: Lusa/Angop