A Serra Leoa é agora o novo epicentro da epidemia de Ébola que avança em África. Na região Ocidental do continente africano a doença provocou a morte a 660 pessoas até ao dia 20, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
É a pior epidemia de febre hemorrágica até hoje e parece estar fora de controlo. Poupada até agora, a capital Freetown conheceu a primeira vítima mortal, uma mulher que havia fugido deste hospital com a ajuda da família que a quis levar a a um curandeiro tradicional.
O Ébola já fez várias vítimas entre profissionais de saúde, em particular no Centro de Combate ao Ébola de Kenema, onde vários enfermeiros morreram e outros foram infetados, incluindo o diretor.
Na vizinha Libéria, dois americanos foram também infetados e um proeminente médico local acabou por sucumbir.
Os meios de luta contra o Ébola escasseiam, de acordo com um epidemiologista da OMS. “Os recursos que precisamos desesperadamente são pessoal, equipamento de proteção, medicamentos e equipamento hospitalar geral. Isto é uma emergência, estamos a lutar contra uma coisa que já se alastrou bastante e que vai tornar-se muito maior se não tivermos muitos mais recursos”, adiantou.
A epidemia começou a ser registada no dia 22 de março, na Guiné, passou para a Serra Leoa e a Libéria. Há receio que se possa ter propagado para a Nigéria, país que confirmou o primeiro caso de Ébola na última sexta-feira.
Tratou-se da morte de um liberiano que viajou para Lagos no dia 19, um sábado, e apresentou sintomas na terça-feira. Lagos é maior cidade da Nigéria com cerca de 20 milhões de habitantes e com uma rede sanitária degradada. O país tem 180 milhões de pessoas e um débil sistema de saúde. euronews
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