O antigo líder rebelde e atual chefe da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, já abandonou a zona de Nhadombe, em Gorongosa, na província central de Sofala, onde estava escondido desde outubro passado, revelou a agência moçambicana de notícias (AIM).
Dhlakama instalou-se em Gorongosa a 21 de outubro de 2013, na sequência da tomada pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) da sua base em Sandjundjira, também em Sofala.
A AIM indica que Dhlakama deve estar, há sensivelmente três dias, na povoação de Mapanga-Panga, depois de se ter despedido da comunidade de Nhadombe e da sua segurança, anunciando viagem com destino a Maputo, a capital do país.
O dirigente da Renamo (Resistência Nacional de Moçambique) "estará a aguardar apenas pelos últimos acertos do diálogo entre o seu partido e o governo, que decorre no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo", precisa a AIM.
Mapanga-Panga localiza-se a quase sete quilómetros de Sandjundjira, e, de acordo com as fontes da AIM, Dhlakama faz-se acompanhar de um efetivo de sete homens. Acredita-se que as restantes forças do antigo movimento rebelde e atual principal partido da oposição estejam à espera de novas ordens da sua liderança em Nhadombe.
As mesmas fontes sugerem, por outro lado, que a verdadeira causa do abandono de Dhlakama do seu esconderijo poderá ser apenas a intenção de sair daquela zona do interior de Gorongosa, não confirmando nem desmentindo os rumores que circulam sobre o seu atual estado clínico, alegadamente debilitado em razão de uma diabete crónica. Segundo tais rumores, Dhlakama viu-se obrigado a abandonar Nhadombe em consequência da "rápida degradação" do seu estado de saúde nos últimos dias.
Outra causa que teria "precipitado" a saída do líder da Renamo do cume da serra da Gorongosa estaria relacionada com as baixas temperaturas que nesta época do inverno fustigam a zona, com uma oscilação até uma média de cinco graus centígrados.
A direção política da Renamo em Sofala confirmou, na sexta-feira, estar preparada toda a logística para a deslocação de Afonso Dhlakama até Maputo. Fonte: Aqui