terça-feira, 7 de abril de 2015

BOLSEIROS DE NAUP-GB PEDEM JUSTIÇA E DEVOLUÇÃO DO DINHEIRO

Secretário da Comissão de Bolseiros, Bernardino Mango
A comissão dos Bolseiros das Nações Unidas com Propósito da Guiné-Bissau (NAUP-GB) marcou para hoje, dia 7 de Abril, um encontro com jornalistas no sentido de fazer chegar as suas preocupações a todas as entidades do país e exigir que haja justiça e devolução dos seus documentos e dinheiro por parte da NAUP-GB, lê-se num documento a que O Democrata teve acesso.
 
Ainda no mesmo documento, recorda-se que nos meados de Abril de 2014, em virtude de um concurso para vagas de estudo no Brasil, lançado pela ONG NAUP-GB, os alunos concorreram e foram submetidos a testes de admissão como é habitual para a selecção dos estudantes. Acrescenta-se que depois dos exames os interessados superaram a avaliação e a NAUP-GB fixou uma taxa administrativa no valor de 350.000 (trezentos e cinquenta mil francos CFA) a cada um dos bolseiros seleccionados, num universo de 253 elementos.
 
“Depois de termos entregue todas as documentações exigidas pela ONG junto da Embaixada do Brasil em Bissau a NAUP-GB marcou a viagem para os meados de Agosto de 2014, o que não teve lugar, o mesmo sucedeu repetidas vezes até a data presente sem a tal viagem. Percebemos que se tratava de uma burla pelo qual queremos realizar esta conferência para exigir os nossos direitos”, lê-se no documento dos bolseiros enviados à nossa redacção.
 
O colectivo afirmou que fez tudo o que devia fazer com intuito de recuperar os seus documentos, mas até agora as suas diligências não surtiram efeito. “O pior de tudo, é que os deputados da Nação, nomeadamente Abel da Silva e Nanato, ambos do PAIGC são os responsáveis máximos desta ONG”, denuncia o colectivo dos candidatos ao ensino universitário brasileiro.
 
Recorde-se que o secretário Adjunto da NAUP-GG, Jeremias da Silva Gomes, disse numa entrevista exclusiva a “O Democrata” no passado mês de Fevereiro que em nenhum momento a sua organização recusou dialogar com os alunos. Explicou que a demora da viagem tem a ver com questões burocráticas na Embaixada do Brasil no respeitante a emissão dos vistos, sendo que a representação brasileira no país aguarda por sua vez uma autorização do Governo Brasileiro para que possa emitir as autorizações de entrada.
 
O Democrata sabe que os alunos tinham até o passado 19 de Fevereiro para se inscreverem nos respectivos cursos e por conseguinte iniciar as aulas, mas isso não foi o caso. Agora os alunos podem perder o direito às vagas que conseguiram, mas na altura a ONG promete resolver o assunto dos vistos antes daquela data.
 
Por: Sene Camará
Foto: Marcelo N’canha Na Ritchi