Dois moçambicanos foram mortos em actos de Xenofobia próximo da cidade de Durban, na África do Sul.
Uma fonte do Consulado moçambicano em Pretória confirmou, esta quinta-feira, o agravamento da situação, com ataques a cidadãos estrangeiros e saques aos seus estabelecimentos comerciais.
Afirmou, por outro lado, que um grupo de mais de quinhentos cidadãos estrangeiros abandonou as suas casas, nos últimos dias, passando a alojar-se num centro de acolhimento, com a protecção policial.
Deste grupo, encontram-se pouco mais de setenta moçambicanos, incluindo mulheres e crianças.
Segundo a RM, os ataques e saques a estabelecimentos comerciais de cidadãos estrangeiros na província de Kwazulu Natal, começaram na semana passada na região de Isibingo, dias depois de o Rei Goodwill Zwelethine ter dito que os estrangeiros devem fazer as malas e deixar a África do Sul.
No início desta semana, uma marcha contra a xenofobia foi dispersa, na cidade de Durban, protagonizada por cidadãos estrangeiros, na sequência de novas ameaças de ataques por parte de motoristas de táxis e jovens desempregados.
A polícia municipal de Durban teve que recorrer ao uso de balas de borracha e de gás lacrimogéneo, para evitar o confronto entre os dois grupos.
Entretanto, a Presidente do Movimento Justiça Comunitária em Durban exorta a todos os sul-africanos para se unirem contra o apelo do Rei Zulu, para a deportação de cidadãos estrangeiros.
A Comissão dos Direitos Humanos da África do Sul está a investigar o alcance das declarações do Rei Goodwill Zwelethine.
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