quarta-feira, 30 de setembro de 2015

BURKINA FASO: GOVERNO BURKINABE ANUNCIA LIBERTAÇÃO DE POSIÇÕES OCUPADAS POR EX-GOLPISTAS

Ouagadougou - O Governo de transição do Burkina Faso anunciou a libertação das posições ocupadas pelos ex-golpistas depois do ataque lançado contra eles terça-feira à tarde, noticia nesta quarta-feira,a AFP.
 
Segundo um comunicado do Serviço de Informação do Governo (SIG), as posições e campos ocupados pelo antigo Regimento de Segurança Presidencial (RSP), nomeadamente, o campo Naaba Koom, foram libertos pelo Exército regular, depois de um ataque.
 
O Governo revelou que o balanço das operações será estabelecido ulteriormente.
 
Felicitando o povo burkinabe pela "sua mobilização desde o início desta crise", e o Exército regular pelo seu profissionalismo e pelo seu comportamento republicano, o Governo reiterou o seu apelo para a tolerância e o acolhimento dos ex-golpistas que depuseram as armas.
Depois do ataque, o ex-chefe dos golpistas tentou refugiar-se na Embaixada dos Estados Unidos onde foi expulso, segundo uma fonte de segurança, antes de anunciar a cessação do ataque.
 
Ele disse colocar-se à disposição da Justiça, segundo a mesma fonte.
 
Esta declaração do general Diendéré suscitou um alívio no seio da população, enquanto nalguns bairros da cidade capital, Ouagadougou, alguns celebravam a destituição do general golpista.
 
Enquanto isso, disparos de armas de fogo foram ouvidos terça-feira à tarde na capital Burkinabe, Ouagadougou, no bairro que alberga o campo onde ficaram acantonados os ex-golpistas, enquanto o chefe das Forças Armadas apela as populações para manterem a prudência.

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas do Burkina Faso, general Pinrenoma Zagré, explicou, numa nota de informação entregue à imprensa, que "uma última oportunidade" foi dada aos elementos da ex-guarda de segurança presidencial para se render com vista a evitar confrontos.

Segundo o general Zagré, renderam-se até então 300 elementos do Regimento de Segurança Presidencial (RSP) de um total de mil e 300 soldados e que o processo
continua.

Ele deplorou que, apesar disso, alguns elementos estão ainda isolados no campo e tomam como reféns outros soldados que desejam render-se.

Os jornalistas estão convidados a não divulgar as posições das tropas no terreno por serem "informações sensíveis", aconselhou o general. Fonte: Aqui