quinta-feira, 24 de setembro de 2015

ENEIDA MARTA CONVERTEU-SE AO ISLAMISMO

A cantora e embaixadora da UNICEF para a Guiné-Bissau Eneida Marta converteu-se ao islamismo para cumprir o desejo de infância de ser muçulmana, segundo fontes próximas da cantora radicada em Lisboa. “Confirmo que Eneida Marta é agora uma muçulmana praticante que a cada dia tenta cumprir os cinco pilares do Islão”, destacou uma fonte sob anonimato. “Ela passou muito tempo a estudar a religião muçulmana e reza cinco vezes por dia”, disse.

A menos de 24 horas de o mundo muçulmano celebrar a festa de Tabasky, a cantora postou nas redes sociais uma foto sua vestida tal e qual uma muçulmana, acompanhada de uma frase que acaba por sustentar ainda mais a tese: “Salamu

Alaikum! Desejo bom tabasky a todos os muçulmanos, Mashallah que seja um grande dia em nome de Allah”, escreve a cantora na sua conta oficial no Facebook.

Contactada para reagir à notícia, a cantora disse que num momento oportuno irá dissipar as dúvidas. Eneida disse apenas que nasceu cristã, mas nunca se sentiu católica e recusou-se a avançar mais detalhes.

Eneida Marta está a rodar o seu mais recente disco "Nha Sunhu". Basta ouvir, no arranque de "Nha Sunhu", a voz que canta “Ó África, ó tabanka, ó povo” para se perceber que Eneida Marta é uma artista especial, que a sua alma possui uma profundidade invulgar e que o seu timbre distinto pode equilibrar lamento e esperança na mesma palavra, no mesmo sopro.

”Kabalindade” (Maldade), um dos temas que integra este novo trabalho, faz parte da banda sonora do novo filme “Espinho da Rosa”, do realizador guineense Filipe Henriques, seleccionado oficialmente para estrear, a nível mundial, na edição do Fantasporto de 2014.
Não é difícil apaixonarmo-nos por "Nha Sunhu" e pela voz de Eneida Marta.

Eneida Marta nasceu em Bissau há 42 anos, pouco antes da antiga colónia portuguesa declarar a sua independência. Uma altura auspiciosa, portanto. E faz, por isso mesmo, sentido que Eneida Marta cante a liberdade, o amor, as coisas realmente importantes da vida. E a verdade é que Eneida, nascida numa família de fortes inclinações artísticas, sempre cantou, desde menina. E desde aí construiu uma carreira recheada de conquistas, com discos aplaudidos, atenção generosa de editoras internacionais como a Putumayo Music, prémios de crítica e muitos aplausos em palcos da Europa aos Estados Unidos.

Hoje, Eneida é embaixadora da UNICEF, desenvolve um meritório trabalho social com as crianças da Guiné, mas é sobretudo um símbolo: da força de um povo, da determinação de quem coloca a arte acima de tudo. Em palco, Eneida é uma rainha, uma guerreira, uma mulher apaixonada e apaixonante.

Fonte: Rádio Jovem Bissau