Os familiares dos 15 activistas detidos nas cadeias de Luanda, Kaquila e Calomboloca continuam a denunciar actos de humilhação e violação dos direitos daqueles cidadãos praticados por agentes penitenciários.
Os maus-tratos na cadeia, segundo os familiares, são também extensivos às mães, esposas e irmãs dos detidos que vão às prisões.
“Temos de ficar sem roupa porque eles revistam o corpo todo, tiram-nos até as cuecas obrigam-nos a fazer agachamentos", revela Elsa, enquanto Rosa Conde diz ter sido obrigado “a ficar sem roupa”, além de ter os seios apalpados pelos polícias e "muitas outras humilhações".
Por outro lado, o irmão de Luaty Beirão disse que as informações prestadas pela Procuradoria Geral da República de que os detidos estão bem de saúde não correspondem à verdade.
“Estive com o meu irmão no sábado e fiquei chocado ao ver como perdeu peso e creio que dentro de alguns dias ele já não conseguirá andar”, disse Pedro, desmentindo a informação da PGR de que eles se encontram bem.
“Eles não estão nada bem, não falam coisa com coisa por causa da tortura psicológica que sofrem nas celas solitárias e se não houver intervenção rápida com acompanhamento psicológico os nossos manos estão mal", denunciou Rosa Conde, que também está no processo como declarante.
Os 15 activistas foram detidos a 20 de Junho e acusados de tentativa de golpe de Estado.
Eles aguardam julgamento há mais de 90 dias. Voz da América