quarta-feira, 16 de setembro de 2015

HOSPITAL MILITAR PRINCIPAL DEPARA COM PROBLEMA DE FALTA DE SANGUE

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O Serviço do Banco de Sangue do Hospital Principal Militar “Amizade Sino-Guine-Bissau” está neste momento sem reservas de sangue. A revelação da situação da falta de sangue naquele centro hospitalar de referência foi tornada pública na passada semana pelo responsável do serviço de sangue, Marceano Mandim.
 
Em entrevista exclusiva a “O Democrata”, Marceano Mandim disse que os trabalhos dos enfermeiros e médicos afectos aquele centro hospitalar tem vindo a ser gravemente prejudicado, devido a escassez das reservas de sangue que são utilizadas para a recuperação de qualquer paciente.
 
Explicou ainda que muitas vezes, para salvar a vida de paciente que necessitam de transfusão sanguínea, são obrigados a solicitar aos familiares do mesmo para que façam a doação de sangue, ou que o comprem aos doadores de forma a salvar a vida dos seus familiares.
 
“O Ministério da Saúde Pública e a própria Administração do Hospital estão muito bem informados sobre esta triste realidade. Uma vez tentamos projectar uma campanha de doação de sangue, mas infelizmente não conseguimos materializar essa iniciativa devido a falta de apoio financeiro da parte do ministério da saúde bem como da própria Administração do Hospital Militar”, contou.
 
Não obstante a falta de apoio do governo para a implementação da campanha de doação de sangue em larga escala para o hospital, Marciano Mandim aproveitou a ocasião para apelar à população guineense no sentido de fazerem doações voluntárias de sangue para o hospital de formas a ajudar a salvar a vidas dos seus irmãos.
 
“É muito importante fazermos a doação voluntaria de sangue e, sobretudo para os que estão em condições de fazê-la. Doar sangue é salvar a vida de uma pessoa, portanto isso é uma causa nobre que qualquer ser humano estaria orgulhoso em fazer. Muitas vezes o doente depara-se com problemas de falta de sangue e várias vezes os familiares não estão em condições de doar sangue e muito menos de comprá-lo, mas se houver uma reserva então torna-se possível ajudar o doente”, assegurou.
 
Recorde-se que o Hospital Principal Militar “Amizade Sino-Guine-Bissau”, foi construído graças a cooperação entre a Guiné-Bissau e a República Popular de China. O centro hospitalar é tido hoje como um dos centros de referência, pela qualidade dos serviços prestados não só aos militares, mas também a sociedade civil.
 
Por: Tiano Badjana