Bissau, 21 Set (ANG) - O novo projecto de reforço da comunicação sobre o vírus de ébola denominado BE SAFE/START foi lançado esta segunda-feira em Bissau pela ong religiosa Cáritas em parceria com a Cáritas do Senegal.
O projecto, que se resume em contactos directos de equipas junto das comunidades nas zonas de risco, foi financiado pelas Cáritas Alemães, no valor de cerca de 1.5 milhões de dólares e terá a duração de um ano.
No acto, o Secretário-geral da Caritas da Guiné-Bissau explicou que a iniciativa visa melhorar a capacidade de resposta face ao vírus de ébola reforçando assim os serviços públicos e estratégia de educação para a saúde.
O padre Domingos Binhanguê acrescentou que o projecto promete também desenvolver mensagens técnicas e culturais em matéria de prevenção e controlo do ébola.
Binhanguê referiu que o projecto visa igualmente melhorar os conhecimentos da comunidade e promover adopção de comportamentos de protecção para ajudar a reduzir o risco de contaminação nas comunidades fronteiriças do Senegal e da Guiné-Bissau.
“A exigência de prevenção do vírus nas regiões de Gabú, Tombali, e Bolama Bijagós consideradas zonas de maior riscos na Guiné-Bissau, alem de constituir um desafio à todos os intervenientes, só pode ser ultrapassada com o contributo de todos através de uma acção conjunta e coordenada”, referiu Domingos Binhanguê.
Por sua vez, o presidente de Instituto Nacional da Saúde Pública, Plácido Cardoso disse que o projecto recém-lançado se reveste de suma importância uma vez que vai complementar as intervenções feitas no terreno no domínio da sensibilização.
“A prevenção do ébola resume essencialmente na observação das normas básicas da higiene, sendo assim, a orientação das crianças neste domínio será de louvar porque eles captam rapidamente”, disse Plácido Cardoso.
Recorda-se que o surto do ébola começou em Dezembro de 2013, mas que veio a ser detectado só em Março de 2014 na Guiné-Conacri.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde o vírus da febre hemorrágica é uma das doenças mais mortais que existem e é altamente infecciosa e pode matar mais de 90 por cento das pessoas que o contraem.
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